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Vereadores sugerem que PG destine os R$ 6 milhões reservados para vacina na compra de kits para tratamento precoce

(Foto: Divulgação/CMPG)

Caso o projeto de lei 35/2021 seja aprovado, a disponibilização gratuita de kits de medicamentos para o tratamento precoce da covid-19 na rede SUS de Ponta Grossa durante o período de pandemia deverá ser feita com a utilização dos R$ 6 milhões que o Município reservou para a compra de vacina contra a covid-19. “Queremos que a prefeitura arque com a despesa destes medicamentos. Como? Com os R$ 6 milhões que estão disponíveis. O próprio líder da Regional [se referindo ao chefe da 3ª Regional, Robson Xavier] falou que se o Município comprar as doses, elas vão ser cedidas para o Ministério da Saúde e divididas igualitariamente para todo o país. Então é um gasto desnecessário, até porque o governo federal também já está comprando mais de 100 milhões de doses”, destacou o vereador Leandro Bianco (Republicanos), durante a sessão de segunda-feira (22).

Encabeçado pelo bloco cristão da Câmara de Vereadores, o PL é assinado por dez vereadores: Leandro Bianco, Felipe Passos (PSDB), Léo Farmacêutico (PV), Missionária Adriana (SD), Daniel Milla (PSD), Divo (PSD), Julio Kuller (MDB), Jairton da Farmácia (DEM), Paulo Balansin (PSD) e Joce Canto (PSC).

O vereador Léo Farmacêutico também usou a tribuna para defender a proposta na sessão de segunda-feira. “A competência de receitar os medicamentos é do médico. Mas, como profissional de saúde, vejo todos os dias pessoas que passam pela farmácia com receitas indicando tratamento precoce e ele tem resolvido. Passaram pela nossa farmácia centenas de pessoas que tomaram estes medicamentos indicados pela rede privada e nenhuma pessoa morreu. Mas a dificuldade é adquirir o medicamento, porque muita gente não tem como comprar. Então o projeto é para que possamos ter o diálogo com a prefeitura para atender a população”.

Contrários

Os vereadores Josi do Coletivo (PSOL) e Geraldo Stocco (PSB) se posicionaram contra a medida. “Defendo que a cidade não gaste dinheiro nisso. Gostam de usar dos Estados Unidos como exemplo. O que aconteceu lá foi a vacinação; isso que diminuiu consideravelmente as mortes naquele país. Se temos que gastar dinheiro com alguma coisa, que seja com a vacina”, aponta. “Se o poder público fosse favorável, a prefeitura já tinha implantado. Estamos na pandemia há mais de um ano. Se isso funcionasse não estaríamos sofrendo há tanto tempo”, destaca Stocco.

Pronunciamento

Em seu pronunciamento na tribuna da Câmara na segunda-feira, Robson Xavier, chefe da 3ª Regional da Saúde, destacou que a responsabilidade em adquirir a vacina é do Ministério da Saúde, sendo fundamental fortalecer o Sistema Único de Saúde e o Plano Nacional de Imunização. “As vacinas deveriam ser adquiridas pelo Ministério da Saúde para cobertura homogênea de todos os grupos. As iniciativas dos municípios e estados são importantes, mas a tendência é que sejam cedidas ao Ministério da Saúde para serem utilizadas pelo programa de vacinação porque se a imunização não for feita de forma homogênea haverá a possibilidade de novas cepas surgirem”, explica.

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