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Vacina ameniza sintomas de enfermeira; marido está internado

Enfermeira Querlen Koga acredita que vacina ajudou a amenizar sintomas da covid-19. Foto: Arquivo pessoal

A enfermeira do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HURCG), Querlen Marina Koga, 33 anos, tomou a primeira dose da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, no dia 21 de janeiro e a segunda dose no dia 18 de fevereiro. Vinte dias depois, em 8 de março, começou a apresentar alguns sintomas leves da doença como dor de cabeça e irritação na garganta. Dois dias depois, perdeu o olfato e o paladar.

Os sintomas a preocuparam porque dias antes o marido, Leonel Viante Júnior, 38 anos, também havia apresentado sintomas gripais. A diferença é que o esposo da enfermeira não pertence aos grupos prioritários e ainda não foi imunizado. Nele, a doença evoluiu muito rapidamente. No último domingo (14), precisou ser internado em um leito de enfermaria para fazer uso de oxigênio.

Para Querlen, se não fosse pela vacina, ela poderia estar em estado grave assim como o marido. “Tenho certeza que a vacina amenizou os meus sintomas. Eu positivei alguns dias depois dele. A doença poderia ter sido muito mais agressiva, justamente porque eu tenho problema pulmonar. Não tenho dúvidas que a vacina ajuda a amenizar os sintomas da doença. Os meus foram muito leves e eu já estou muito melhor”, destacou.

A enfermeira também comparou os sintomas com os do seu esposo. “Ele não tem nenhum tipo de comorbidade e apresentou muita tosse, febre, perda de olfato e paladar. Estava controlando a saturação dele em casa quando ele começou a apresentar bastante dificuldade respiratória. No domingo o levei para o hospital, pois já estava sem forças para ir até o banheiro, por exemplo. Então podemos ver a diferença da agressividade da doença nele do que em mim”.

“Eu creio que o que houve comigo é mais um incentivo para que as pessoas tomem a vacina e continuem se protegendo, pois os sintomas podem ser muito leves, como foi comigo”, complementou.

Os filhos do casal, um menino de 8 anos e uma bebê de nove meses, também apresentaram febre e seguem sendo medicados. Por enquanto, de acordo com Querlen, não houve necessidade de realizar o teste nas crianças.

Eficácia

Na última semana, a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu prorrogar até 30 de abril o prazo para que o Instituto Butantan apresente os resultados dos estudos de imunogenicidade da vacina coronavac. Esses estudos, segundo a agência, vão complementar o conhecimento sobre imunidade conferida aos voluntários que receberam a vacina na etapa clínica dos ensaios na fase 3.

A coronacav teve autorização de uso emergencial aprovado pela Anvisa em janeiro e, junto com a vacina da Astrazeneca, compõe o rol de imunizantes que estão atualmente sendo aplicados no Programa Nacional de Imunização.

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, em reunião extraordinária nesta quarta-feira (10), prorrogar até 30 de abril o prazo para que o Instituto Butantan apresente os resultados dos estudos de imunogenicidade da vacina coronavac. Esses estudos, segundo a agência, vão complementar o conhecimento sobre imunidade conferida aos voluntários que receberam a vacina na etapa clínica dos ensaios na fase 3.

De acordo com a Anvisa, a chamada imunogenicidade é a capacidade de uma vacina incentivar o organismo a produzir anticorpos contra o agente causador da doença. “Esse dado é fundamental para que se possa concluir a duração da resposta imunológica nos indivíduos vacinados”, informou a Anvisa.

Com a prorrogação, o Instituto Butantan pode continuar os estudos necessários para análise do pedido de registro sanitário definitivo pela Anvisa, que avaliará dados de qualidade e dados clínicos adicionais gerados a partir dos testes com as vacinas e a implantação do monitoramento para garantir que as vacinas atendam aos padrões necessários de qualidade, segurança e eficácia.

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