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UEPG precisa de R$ 11 mi para restaurar Museu Campos Gerais

A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) precisa captar cerca de R$ 11 milhões para restaurar a sede do antigo Fórum da Comarca de Ponta Grossa, local onde funcionou a sede do Museu Campos Gerais até o ano de 2003. Até agora, apenas o primeiro piso do local foi reformado com recursos via Lei Rouanet.

No entanto, ainda faltam duas etapas para que o prédio histórico esteja completamente restaurado. "A primeira etapa das obras começou em 2009 e se estendeu até 2013, com recursos de R$ 1 milhão. Com essa verba foi recuperado o telhado do imóvel para conter a goteira e o risco de queda, além da infiltração. Também foi feita a pintura das paredes e do primeiro piso", lembra Niltonci Chaves, professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e atual diretor do Museu Campos Gerais.

O problema, no entanto, é no segundo piso do prédio, conforme aponta Chaves. "É uma questão estrutural e de segurança para os visitantes. Quando as obras terminaram, ficou decidido que o primeiro piso teriam algumas exposições e seriam aberto novamente ao público. Porém, ainda enfrentamos a questão estrutural", aponta o diretor do museu.

Além dos problemas na sede do antigo Fórum, Niltonci comenta sobre a falta de funcionários que atuam no museu. "Nós não temos como abrir um espaço para visitação pública se eu não tenho um segurança, um monitor e demais profissionais. Um problema que estrangula muito a nossa situação é a falta de recursos humanos. Precisamos de mais dinheiro para reformar e restaurar o segundo piso, pois hoje ele só dá condições de receber pessoas no primeiro andar, se houver um funcionário para acompanhar", ressalta.

'Campos Gerais'

O Museu Campos Gerais foi fundado em 1983 e conta com um rico acervo sobre a história da cidade. Ele está dividido com sessões de paleontologia, indígena, ambiente regional, tropeirismo, pesquisas, entre outras.

O museu comporta uma biblioteca que armazena fotos, jornais, revistas e documentos antigos de relevante importância para a história local. Mesmo com um acervo rico para apresentar às escolas, o prédio enfrenta problemas estruturais e falta de funcionários.

Atualmente, segundo Niltonci, o museu enfrenta problemas ligados à estrutura e falta de funcionários, situação que afeta os próprios servidores e também os visitantes.

"A falta de reposição dos funcionários é um problema que o serviço público do Brasil vem vivendo. E na UEPG não é diferente. O museu atua com seis funcionários e sete estagiários, quando o ideal seria 10 de cada", explica.

"Nós também não temos equipes de segurança e limpeza. Outro problema é a manutenção da estrutura. Por exemplo, a calçada da frente do museu está com buracos e alguém pode se machucar. A marquise do prédio está com cano entupido e fica pingando água, uma situação desagradável, além da falta de um espaço adequado para armazenar documentos importantes", completa o diretor.

Linha do Tempo do Museu Campos Gerais

1928 – Prédio do antigo Fórum da Comarca foi construído em local estratégico do ponto de vista social, econômico e político. Marcado por um estilo arquitetônico eclético com uma fachada característica da época.

1983 a 2003 – Espaço abrigou o Museu Campos Gerais da UEPG.

1990 – Prédio foi tombado pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural do Paraná.

2003 – Museu foi desativado devido a problemas na estrutura do prédio histórico. Todo o acervo do museu precisou ser transferido para o prédio vizinho da antiga sede do Banco do Estado do Paraná (Banestado).

2010 – Projeto de restauração foi aprovado com a captação de recursos via Lei Rouanet.

2017 – Término da primeira etapa da restauração e retorno do funcionamento do museu no primeiro piso do prédio.

Fonte: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

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