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UEPG assina repasse de R$ 10,5 mi para Museu Campos Gerais

A Universidade Estadual de Ponta Grossa foi contemplada com R$ 10,5 milhões do Fundo Nacional de Defesa de Direitos Difusos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para a reforma e restauração do prédio do antigo Fórum de Ponta Grossa, espaço onde antes abrigava a sede do Museu Campos Gerais. A verba foi disponibilizada depois que a universidade ganhou o projeto de revitalização inscrito no ano de 2006. A assinatura do repasse aconteceu no dia 30 de dezembro, e a solenidade na Caixa Econômica Federal que celebrou o contrato ocorreu na tarde do dia 3 de janeiro.

O prédio, situado na esquina das ruas Engenheiro Schamber e Marechal Deodoro, foi inaugurado em 1928 para abrigar o Fórum da Comarca de Ponta Grossa. De 1983 a 2003, a edificação foi sede do Museu Campos Gerais mas, com a mudança do MCG, o prédio foi fechado para restauração. A falta de verbas para a revitalização fez com que o local permanecesse fechado por anos.

Para o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, a conquista tem caráter didático. “O projeto contemplado pelo governo federal é da época em que eu era pró-reitor da universidade e essa conquista só nos mostra que é fundamental manter vivos e em pé os prédios que contam a nossa história, e que o desenvolvimento imobiliário pode estar aliado à conservação”, diz. Sanches enfatiza que este é o maior investimento em restauração de um prédio da história de Ponta Grossa. “Será mais um presente da UEPG à comunidade paranaense”, complementa.

O juiz federal Antônio César Bochenek? afirma que, após reformado, o Museu será um dos mais relevantes da história jurídica do Brasil e do estado. O juiz lembra também que o Fórum de Ponta Grossa foi um dos primeiros no interior, e está entre os que têm maior expressão no Paraná. “O processo de revitalização do prédio é muito importante porque trará de volta a essência da presença do Poder Judiciário nos Campos Gerais”, diz.

Estrutura

A construção está com as estruturas de madeira comprometidas, de acordo com a diretora de Planejamento Físico da UEPG, Andressa Gobbi. “Um exemplo dessa condição é o piso do segundo pavimento, assim como alguns pontos da cobertura”. De acordo com a proposta submetida pela Divisão de Projetos e Convênios (Diproc) da Universidade, o prédio histórico apresenta umidade, criação de biofilme, desagregamento do emboço, estufamento e descolamento da camada pictórica, fissuras e rachaduras.  

Além da restauração da escadaria, piso, forro e outros aspectos artísticos, o projeto prevê a construção de outro prédio espelhado ao lado do Museu. “Teremos uma edificação moderna e um prédio histórico um ao lado do outro, o que passa a ideia de preservação e de passagem do tempo. O Museu está onde a cidade surge e onde ela cresce. Nós buscamos manter a história, mas também queremos desenvolvimento”, enfatiza o reitor.

Projeto prevê restauração da escadaria, piso, forro e outros aspectos artísticos / Foto: Arquivo Diário dos Campos

Futuro

O diretor do Museu, Niltonci Chaves, afirma que, quando o MCG voltar para a sede histórica, a ideia é valorizar o espaço com exposições de fora, mas, especialmente, com a reserva técnica existente. “Voltando para lá, pretendemos manter a mesma dinâmica, com atividades culturais permanentes como debates, palestras e exibição de filmes”, destaca.

Projeto

O projeto original de restauro é de 2006, ano em que a edificação corria risco de ser descaracterizada. De acordo com o reitor, o projeto atualizado sob o intitulado 'Restauração do edifício do Museu Campos Gerais – um patrimônio histórico-jurídico do Paraná' foi uma tarefa coletiva, que envolveu a Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex) e Pró-reitoria de Planejamento (Proplan).

Com as equipes das duas pró-reitorias, a Divisão de Projetos participou do Chamamento Público para Seleção de Projetos Apresentados por Órgãos e Pessoas Jurídicas de Direito Público Estaduais, Municipais e do Distrito Federal – 2019 do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

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