Para esta quarta-feira (1°) servidores da saúde da prefeitura de Ponta Grossa programam uma manifestação contra o corte no adicional de insalubridade da covid-19. Às 14 horas, os profissionais se reunirão na Câmara de Vereadores e às 17h45, a manifestação está agendada para acontecer na prefeitura. Eles reivindicam a retomada do adicional de insalubridade, que chegava a 40% devido à covid-19, e que foi foi cortado na folha de pagamento de agosto. O adicional vinha sendo pago desde agosto de 2020, retroativo abril do ano passado a todos os servidores da saúde que atuam na linha de frente no combate à covid.
Na segunda-feira (30), o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (Sindserv), Roberto Carlos Ferensovicz também entregou um documento aos vereadores pedindo apoio na reivindicação para que o Executivo retome o pagamento. O sindicato destaca que durante a transição do governo, o sindicato protocolou documento solicitando a manutenção do pagamento, que foi deferido pela atual gestão. “O pagamento deve ser mantido, primeiro porque continuamos em meio à pandemia com novas variantes e os servidores continuam atuando na linha de frente atendendo diariamente centenas de pacientes positivados ou com suspeita de covid-19”, aponta o documento. O sindicato também destaca que em 2020 os servidores municipais não tiveram nenhum tipo de reajuste por força de lei, e que estão com os salários congelados também em 2021.
O sindicato pede que os vereadores formem uma comissão com o Sindserv e representantes dos trabalhadores para dialogar com o governo municipal sobre o retorno do pagamento, já que até agora não houve atendimento ao sindicato quanto ao pedido de reunião efetuado pela entidade no dia 23 de agosto.
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Como foi feito
A maioria dos servidores, que já recebia 20% de adicional de insalubridade em grau médio, começou a receber o grau máximo durante a pandemia No total, mais de 1.500 servidores receberam o adicional de insalubridade de 40% por conta da covid, o que corresponde a aumento de quase R$ 1 milhão ao mês na folha de pagamento, segundo a prefeitura. Nos cálculos do Sindserv, no entanto, o custo mensal com o pagamento é pouco mais de 400 mil.
Segundo a Fundação Municipal da Saúde, o pagamento do adicional é fruto de posicionamento técnico e prerrogativa de adicional aconteceu em um momento em que não se tinha previsão de vacina e dificuldade em manutenção nos equipamentos de segurança. Hoje, a Fundação tem 100% dos servidores vacinados com a segunda dose contra a covid, e tem à disposição os equipamentos preconizados pela medicina do trabalho, o que traz segurança aos servidores, dispensando o pagamento do adicional.