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Sérgio Moro deixa o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública

Por Fabrício Bicudo

Sérgio Moro anunciou, às 11h40, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (24) em Brasília, que deixa o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública da República Federativa do Brasil. Segundo o ex-ministro, "não pode haver interferências políticas na Polícia Federal e não assinei a exoneração do Maurício Valeixo". 

O gatilho da demissão de Moro foi o fato de o presidente Jair Bolsonaro exonerar Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. O decreto oficializando a exoneração, que foi publicado nesta sexta-feira (24) no Diário Oficial da União (DOU), foi publicado com os nomes do presidente Bolsonaro quanto pelo então ministro.  Sérgio Moro, a quem a pasta a PF até então era subordinada, disse que não assinou o documento.

No decreto, consta que a exoneração ocorreu "a pedido". Na quinta-feira (23), ao ser comunicado por Bolsonaro sobre a decisão, Moro avisou que deixaria o governo.

Durante a coletiva, Morou afirmou que lhe foi solicitado "um nome para que pudessem ligar"  – entre os responsáveis da Polícia Federal pelas investigações em curso e que envolvem parentes e financiadores da campanha eleitoral. O fato sugere a intenção de interferência política na PF, o que Moro teria levado aos ministros militares. Houve, segundo fontes palacianas, "uma indignação por parte dos generais". 

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