O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Ponta Grossa recebeu em 2019, somente entre os meses março e dezembro, um total de 33.644 chamadas. Dessas, 31.117 resultaram em atendimentos. O dado foi repassado pela assessoria de imprensa da prefeitura, e significaria que, em média, o Samu realiza um atendimento a cada 12 minutos. De acordo com o secretário adjunto de gestão administrativa, Luiz Antônio Delgobo, pode ser até mais.
“O Samu atende casos clínicos e de trauma também, junto com o Siate, porque a demanda é muito grande”, explica. Entre as principais demandas estão os atropelamentos (mais comuns durante o ano letivo), os acidentes de trânsito (principalmente envolvendo motocicleta), as quedas (de mesmo nível e de plano elevado), além de convulsões, AVCs, paradas cardíacas e convulsões.
Apesar desse trabalho intenso dos socorristas, ainda é preciso escapar dos trotes. Somente os casos identificados, durante a primeira chamada, foram 84 durante os 10 meses analisados. Mas outros acabam sendo registrados como ocorrências reais.
Além dos mais de 31 mil atendimentos, outros 2,2 mil chamados foram cancelados pelos solicitantes, e 113 foram pedidos de informação.
Desinformação
Segundo Delgobo, nem sempre os trotes são resultado de travessura de crianças. “Às vezes, uma pessoa que está com dores há dois ou três dias e aciona a ambulância, fingindo uma gravidade maior para ganhar carona até o hospital. O Samu não é para casos eletivos. Se a população aprendesse a usar o serviço apenas para urgência e emergência, sobraria tempo e ambulância para atendimento”, diz o secretário, acreditando que essa falta de informação é o maior problema enfrentado pelos socorristas.