Após um longo período sem realizar a instalação de lombadas físicas, a Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) decidiu investir pesado na instalação desses equipamentos. Dados fornecidos pelo órgão, a pedido do Diário dos Campos e portal dcmais, apontam que foram criadas 123 lombadas em vias públicas nos últimos dois anos.
Somente neste ano já foram instaladas 72 lombadas. São 21 a mais do que as instaladas em 2019. A AMTT entende que o equipamento é uma das formas de frear o desrespeito de alguns motoristas ao limite de velocidade imposto pela sinalização. Por isso, elas foram colocadas em várias regiões da cidade, e outras devem ser instaladas nos próximos meses.
“Sim, no momento a AMTT estuda a possibilidade de instalação em outros locais. No entanto, a definição de quantas e onde devem ser instaladas será feita somente após a conclusão dos levantamentos”, informou a autarquia.
A AMTT também informou que a instalação ocorre por meio de licitações. Em média, segundo a autarquia, cada lombada física tem custo de R$ 5,5 mil. Em um cálculo grosseiro, significaria que o município investiu mais de R$ 600 mil em dois anos nas lombadas.
O que diz a lei
As lombadas físicas são tecnicamente chamadas de “ondulações transversais”, e são proibidas em todo o país, conforme descrito no Artigo 94 do Código de Trânsito Brasileiro. No entanto, a Resolução 600/2016 do Conselho Nacional de Trânsito (CNT) acabou normatizando sua instalação, desde que seguidos critérios específicos. Por exemplo, a existência de placas de sinalização alertando para a presença da lombada, e a elaboração de estudos para implantação e manutenção dos equipamentos, como forma de garantir sua eficácia.
Equipamentos
A AMTT vem investindo em diversos equipamentos, no esforço por dar fluidez e segurança no tráfego de pessoas e veículos. Nos últimos anos, tornaram-se comuns as rotatórias, faixas elevadas, semáforos para pedestres e binários. As lombadas são apenas uma das medidas adotadas. Em muitos casos, são até um anseio da população. Jaqueline Ferreira, moradora da Rua Thomé de Souza, no Jardim Centenário, acredita que seria uma solução em seu endereço. “Motoristas que gostam de correr e colocar a vida em risco estão aproveitando nossa rua, que ainda não tem lombada”, diz.