Depois de um período esquecidas, as lombadas físicas parecem estar voltando à utilização como uma das formas de controlar a velocidade nas vias de Ponta Grossa. Nos últimos dias, a rua XV de Setembro e a rua Afonso Celso, em Uvaranas, foram algumas das que receberam os populares quebra-molas. Apesar do apelido pejorativo, a autarquia garante que as novas ondulações transversais – no termo adotado pelo Código Brasileiro de Trânsito – estão dentro dos padrões.
Até 2015, as lombadas físicas haviam sido praticamente abolidas pela AMTT. Provavelmente devido a consequências preocupantes de seu uso no passado. Em reportagem publicada pelo DC, em 2007, a autarquia revelou que, das 187 lombadas existentes no município, 180 estavam irregulares. Isso porque a lei federal 9.503/97 restringiu o uso do equipamento, e a resolução 39/98 do Contran apresentou as especificações para sua aplicação.
Diante de acidentes aparentemente causados por equipamentos irregulares, a prefeitura determinou a gradativa retirada das lombadas, e por um tempo evitou a instalação de novas. Em seu lugar vieram radares, lombadas eletrônicas, semáforos e, mais recentemente, as faixas elevadas.
A resolução 39/98 foi revogada pela 600/16, que exige, entre outras coisas, que o órgão responsável realize estudos sobre os resultados obtidos com as novas lombadas, decorrido um ano desde sua implantação. O futuro dirá se elas voltaram a ser eficientes.
Estudos
De acordo com a assessoria de imprensa da AMTT, a área urbana de Ponta Grossa conta, atualmente, com 46 lombadas já instaladas. Outras 11 estão em estudo ou em processo de instalação, além de mais faixas elevadas. O coordenador geral do departamento de trânsito da autarquia, João Rodrigo Pontes, explica que tudo é feito com o trabalho de engenheiros. “Todas essas lombadas possuem estudos técnicos que levam em consideração as peculiaridades da via, e tendo como start a solicitação da população mediante protocolo, 156 e ouvidora”, diz.