Desde 2016 todos os empreendimentos de grande porte planejados para Ponta Grossa exigem que seus responsáveis apresentem Estudo de Impacto de Vizinhança. Desde que a lei entrou em vigor, o município vinha verificando gradativo aumento na apresentação de EIVs.
No primeiro ano foram 23 protocolos. Depois foram 25, em 2018 foram 30, e em 2019 esse número chegou a 35. Em 2020, no entanto, foram apresentados somente 15 EIVs ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Iplan): uma queda de 57% em relação ao ano anterior.
O EIV é um documento que detalha os efeitos positivos e negativos do empreendimento, e permite projetar ajustes no entorno para mitigar eventuais prejuízos ao meio ambiente ou à infraestrutura urbana.
A lei especifica quais tipos de empreendimentos exigem a apresentação do documento, mas na prática isso se refere a condomínios, shoppings, indústrias, grandes estabelecimentos de serviço e edifícios. A queda no número de EIVs sugere que, embora a construção civil tenha se mantido aquecida ao longo deste ano de pandemia da covid-19, os empreendedores frearam novos anúncios.
O último EIV protocolado em 2020 foi o projeto da Superquadra Central, que prevê prédio de 204 metros de altura. O empreendimento do Grupo Philus promete se tornar o mais alto edifício do Paraná.