A região de Ponta Grossa é a terceira com maior número de casos confirmados de contaminação por Influenza. A estatística consta no boletim quinzenal da gripe no Paraná, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, e lança um alerta: a região volta a ocupar a mesma posição no ranking verificado em 2016, quando o estado teve um surto da doença e 233 pessoas morreram em decorrência de complicações relacionadas.
Ao observar os números dos boletins dos casos confirmados de Influenza no Paraná, ao longo dos últimos quatro anos, é possível notar um aumento das ocorrências na área de Ponta Grossa. Além do município sede da 3ª Regional, outros oito apresentaram expressiva contaminação em 2016. Já em 2019, até o início deste mês, apenas outras quatro cidades (Carambeí, Castro, Palmeira e Piraí do Sul) confirmaram casos. Entre essas, Palmeira teve o maior número de pacientes com a doença, com três confirmações, ao passo que Ponta Grossa registrou 37 casos e cinco mortes no mesmo período.
Em relação a 2018, o avanço da doença é flagrante na região de Ponta Grossa, quando foram apenas 10 casos e uma morte. Além disso, enquanto em 2018 os casos ficaram mais concentrados nas regiões de Curitiba, Maringá, Londrina e Francisco Beltrão – nesta ordem; em 2019 estão no topo da lista Curitiba, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa. Embora Curitiba e região metropolitana continue com maior número de casos, houve redução em relação ao ano anterior, enquanto que Foz e Ponta Grossa viram as ocorrências aumentar, o que pode estar relacionado com a falta de cuidados básicos na prevenção.
Perfil dos casos
Segundo o informe sobre a Influenza divulgado nesta quarta-feira (2) pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), foram 117 óbitos por gripe no estado do início do ano até o dia 1º de outubro. Seis óbitos foram confirmados nos últimos 15 dias e registrados em Francisco Beltrão, Curitiba, Foz do Iguaçu, Contenda, Londrina e Marmeleiro. Para o chefe da 3ª Regional de Saúde, Robson Xavier da Silva, a maior parte das mortes poderia ter sido evitada. “Se você analisar os números, vai ver que 76% dos óbitos eram evitáveis pela vacinação, já que eram pessoas dentro dos grupos prioritários da campanha de vacinação”, destaca, apontando que o governo faz sua parte, mas a população precisa se conscientizar sobre seu papel na prevenção.
Como se prevenir
– higienizar as mãos, principalmente antes de levar algum alimento à boca;
– cobrir nariz e boca com a dobra do braço quando espirrar e tossir;
– não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres;
– manter os ambientes sempre bem ventilados;
– dar continuidade a esses cuidados durante o ano todo.
O que é Influenza?
A Influenza é uma infecção respiratória aguda e os sintomas mais comuns são: aparecimento súbito de calafrios, mal-estar, coriza, tosse seca e dores de cabeça, de garganta e no corpo. Podem ainda surgir outros sintomas como diarreia, vômito, fadiga, rouquidão e vermelhidão nos olhos. A Sesa orienta a busca pelo atendimento médico, em caso de agravamento dos sintomas, para diagnóstico clínico e tratamento oportuno com o antiviral.