Após mais de 12 horas, chegou ao fim a rebelião na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa. O motim, que teve início por volta do meio dia de sexta-feira (22) se encerrou somente na madrugada deste sábado. Não houve registro de feridos graves e a situação agora no presídio está normalizada.
A rebelião ocorreu em três galerias do ‘Cadeião’, um agente penitenciário chegou a ser amarrado e feito refém pelos detentos, mas foi libertado com a chegada das primeiras viaturas da Polícia Militar.
Ao longo da sexta-feira, viaturas do Batalhão de Choque também se deslocaram até a frente do presídio e isolaram toda a área por medidas de segurança. Do lado de fora, familiares pediam por informações. A reportagem conversou com a esposa de um dos presos. "A única informação que soubemos é de que tudo começou quando as sacolas que as famílias levaram para eles, com comidas e chocolates para comemorar o Natal, foram barradas", relatou.
As más condições do Cadeião foram uma das reclamações feitas pelos detentos e vídeos feitos pelos próprios detentos mostravam as situações em que vivem e apontam a superlotação com um dos maiores problemas. "Só queremos os nossos direitos. Não é nenhuma regalia. Estamos sendo maltratados. Eles estão constrangendo a nossa família. Como querem que a gente se entregue na sociedade desse jeito? Pedimos para o que os órgãos competentes deem uma atenção pra nós, pois estamos sendo oprimidos dentro do sistema carcerário", disse um dos presos.
Equipes de negociação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Comando de Operações Especiais (COE), além de um grupos especal de agentes penitenciários, entraram até o presídio para dialogar com os presos e o motim se encerrou por volta da meia noite deste sábado.