Em entrevista ao vivo concedida ao DC nesta terça-feira (2) na qual tratou de diversos assuntos – como a fiscalização da alta no preço da gasolina, por exemplo -, o coordenador do Procon de Ponta Grossa, Leonardo Werlang, também comentou sobre a investigação de preços abusivos em supermercados de Ponta Grossa iniciada no ano passado, no mesmo dia que em que o DCmais publicou uma reportagem apontando que o preço dos produtos básicos na cidade cresceu 25 vezes mais que a inflação desde o início do ano.
Com a alta inflação de alimentos e produtos básicos, o órgão inúmeras denúncias de suspeitas de práticas abusivas em supermercados da cidade – mas, segundo o coordenador do Procon, até o momento nenhuma irregularidade foi identificada.
“Recebemos milhares de documentos de defesa dos supermercados, então a investigação ainda está em processo de análise. Mas numa análise prévia não conseguimos identificar uma situação de oportunismo do empresário local: basicamente a totalidade do que encontramos até agora é um repasse daquilo que eles receberam do distribuidor, do produtor. É uma cadeia, aumenta la na ponta e vai sendo repassado até chegar ao consumidor”, disse Werlang em entrevista ao DC.
“É difícil o consumidor atestar o que é preço abusivo ou não porque depende de uma análise histórica, por quanto lojista comprou e por quanto está vendendo, quanto aumentou a sua margem de lucro… mas não foi o que identificamos em grande parte dos fornecedores que analisamos”, conclui o coordenador do órgão.