O Procon de Ponta Grossa iniciou na última sexta-feira (21) uma ação de fiscalização em diversos mercados da cidade para investigar se houve aumento abusivo de preços nos últimos dias e semanas. Segundo o órgão, ligado à Prefeitura Municipal, mais de cem itens estão sendo analisados e a pesquisa deve seguir nesta semana.
“O intuito da ação é verificar principalmente quais produtos tiveram maior variação de preço e se essa diferença se mantém em outros estabelecimentos. Caso haja indícios de prática abusiva, iremos proceder com as medidas cabíveis”, afirma o coordenador do Procon, Leonardo Werlang,
O prefeito Marcelo Rangel comentou a ação em um programa de rádio na manhã desta segunda-feira (24) e citou a reportagem que foi publicada pelo DCmais no mesmo dia em que a investigação foi iniciada e aponta que o preço dos produtos básicos em Ponta Grossa cresceu 25 vezes mais que a inflação desde o início do ano.
“Existe aí a suspeita de que tenham aumentado abusivamente os preços da noite para o dia aqui na cidade”, disse ele, referindo-se à reportagem. Sem citar o nome do Procon, o prefeito disse que “já começaram a dar uma olhada na cidade e constataram que tem abuso”, indicando como produtos que aumentaram de preço o ovo, o leite e o óleo.
“Pegaram preços de alguns alimentos em Curitiba, Londrina e Maringá e os nossos preços estão muito mais altos. Começaram a fazer análise pra saber porque aumentaram demais aqui em Ponta Grossa e veio a informação de que como nós liberamos o décimo terceiro existe a intenção de algumas empresas de aumentar o valor”, disse ele, lembrando que a Prefeitura Municipal pagou a segunda parcela do 13º salário para 8.700 servidores no último dia 14, somando R$ 9,5 milhões.
“O Procon está fazendo o levantamento neste momento e vai fazer a entrega de relatório para a imprensa esta semana, inclusive com nome de empresas e estabelecimentos que de repente possam estar praticando preços abusivos”, garantiu o prefeito.
Atendimento remoto
O Procon de Ponta Grossa segue com o atendimento presencial suspenso, mas mantém os canais remotos em funcionamento. A população pode entrar em contato com o órgão através do telefone (42) 3220-1045, e-mail [email protected], página do Facebook ou Plataforma Consumidor.