A Prefeitura de Ponta Grossa vem buscando formas de reduzir a ocorrência de enchentes e alagamentos nas áreas próximas a arroios. Para isso, as principais ações consistem na retirada de lixo e entulho em pontos estratégicos dos cerca de 154 quilômetros de arroios que, segundo o secretário municipal de Serviços Públicos, Márcio Ferreira, cortam o município em diversos pontos.
"Entre 2017 e 2018 nós limpamos 30 dos 150 arroios da cidade. A questão é que, antes de seguirmos para os arroios seguintes, somos obrigados a retornar para aqueles que já havíamos limpado", explica Freitas. Segundo ele, a sujeira volta a se acumular porque a população torna a lançar lixo em locais inadequados, e a chuva trata de empurrar esses materiais para os pontos de estrangulamento dos córregos.
Ferreira mostra o córrego que corta a avenida Monteiro Lobato, no Jardim Carvalho. "Aqui nós limpamos cinco vezes desde junho de 2017. Bastam duas chuvas mais fortes para que o trecho fique bloqueado novamente por entulho", lamenta, apontando para lixo que poderia ser reciclado, mas também restos de vegetação que, naturalmente, acabam parando nas tubulações.
Para dar conta da demanda, a Secretaria prioriza os arroios que mais oferecem riscos ao tráfego de veículos ou zonas de moradia. Para isso, a Defesa Civil possui, desde 2014, um Plano Municipal de Contingência que lista os arroios com maior risco de transbordamento. O órgão também coordena suas ações a partir de uma listagem com 16 locais denominados áreas de risco. Nesses pontos, a fiscalização e cuidados se intensificam, especialmente no período de maior frequência das chuvas, notadamente entre novembro e fevereiro.
Plano de Contingência
O município possui uma listagem dos pontos críticos nos quais a Defesa Civil e, por consequência, secretarias como de Serviços Públicos e de Planejamento, priorizam suas ações. O chamado Plano de Contingência é elemento importante para a definição de estratégias, assim como o decreto 4.037/2010, que declara as áreas reconhecidas como de risco na cidade. Confira algumas das regiões com maior incidência de desastres decorrentes de chuvas intensas:
ALAGAMENTOS
Região e população afetável
Vila Lina – 130 pessoas
Vila Cipa – 140 pessoas
Ronda – 270 pessoas
Santo Antonio – 260 pessoas
ÁREAS DE RISCO*
Bacia hidrográfica e bairros afetados
Arroio da Ronda – Vila Peixoto e Clóris
Arroio Lageadinho – Boa Vista e Nova Rússia
Arroio da Madureira – Órfãs e Nova Rússia
Arroio Lageado Grande – Órfãs, Boa Vista e Jardim Carvalho
Arroio da Prancha – Jardim Carvalho e Órfãs
Arroio Rio Branco – Olarias e Uvaranas
Arroio Princesa – varanas
Arroio Capote – Olarias
Arroio da Olaria – Olarias, Uvaranas, Oficinas, Cará-Cará
Arroio do Padre – Estrela e Ronda
Arroio Gertrudes – Contorno e Chapada
Arroio Sabará – Chapada
Arroio Rebita – Contorno
Arroio Congonhas – Chapada
Arroio Grande – Boa Vista e Chapada
Arroio Leila Maria – Boa Vista
*Informações do Decreto Municipal 4.037/2010