A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa assinou na tarde desta sexta-feira (11) a regularização do terreno do Estádio Germano Krüger. Após dois anos trabalhando em cima de questões que envolviam o local, o Operário Ferroviário a partir de agora é efetivamente dono do espaço.
Na edição desta sexta-feira, o DC trouxe a informação de que a Prefeitura pretendia anunciar nos próximos dias a cessão do terreno. Porém, trâmites burocráticos ainda não permitiam a finalização do procedimento.
A direção do Fantasma optou por agilizar a questão documental de forma particular e, na tarde desta sexta (11) – conforme havia antecipado o prefeito Marcelo Rangel, os diretores alvinegros foram até a Prefeitura para encerrar o processo e colher as assinaturas.
Entenda a questão do Germano Krüger
A ‘posse’ do Germano Krüger é discutida há dois anos. Em setembro de 2018, os membros do clube social votaram contra a municipalização do local. Na época, o governo municipal teria se comprometido a investir R$ 2 milhões na reforma e ampliação do estádio, o que acelerou uma tentativa de tornar a ‘casa alvinegra’ num bem do município.
Mais tarde ficou claro ao Operário pela documentação que o terreno estava atrelado ao poder público. Um ano depois, Rangel assinou projeto de lei para repasse da área ao clube centenário – algo que foi tentado em 1988 pelo ex-prefeito Otto Cunha.
Para a cessão definitiva, a Prefeitura garante que o Operário precisa de contrapartidas como manter atividades na estrutura do estádio, além de manter projetos sociais, atividades pela Lei de Incentivo ao Esporte, representação de Ponta Grossa em Jogos Oficiais do Estado e a presença da bandeira do município nos uniformes.
A intenção ao repassar o imóvel em definitivo ao Fantasma é facilitar investimentos privados no estádio, inclusive para futuras ampliações. Um exemplo está no fato da Série A do Brasileiro exigir no mínimo 12 mil lugares para torcedores.
Ampliação
Desde o final do ano passado, o Operário Ferroviário possui um projeto de construção de um ‘tobogã’ com capacidade para 3.500 pessoas. Porém, a pandemia da covid-19 e a consequente queda de receita esfriou o planejamento alvinegro. O presidente do grupo gestor, Álvaro Góes, confirmou que a reforma ficou em segundo plano e que o maior investimento da temporada foi para montagem do elenco que disputa a Série B do Brasileiro.