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Por que o Operário tem tantas lesões?

Foto: André Jonsson/OFEC

Vindo de duas vitórias consecutivas e encostado no G4 da Série B, o Operário Ferroviário tem desafio neste sábado (17) pela 12ª rodada. O Fantasma, 6° lugar com 18 pontos, enfrenta o CSA (AL), 13° colocados com 11. O confronto é a partir das 19h, no Estádio Germano Krüger. Além do adversário, o técnico Matheus Costa tem outro obstáculo para encarar: o elenco tem 11 desfalques.

Dois cumprem suspensão automática: o meia Leandrinho, que recebeu o terceiro amarelo, e Fabiano, expulso contra o Londrina, ficam de fora. Em contrapartida há nove no departamento médico. A lista tem Alex Silva, Lucas Mendes, Rafael Bonfim, Tomás Bastos, Cleyton, Felipe Garcia, Jean Carlo, Ricardo Bueno e Paulo Sérgio. A quantidade tem preocupado a torcida.

O fisiologista Eduardo Risden e o preparador físico Rodolfo Mehl apontam duas razões para este cenário alarmante dentro do clube: o calendário nacional e a pandemia de covid-19.

O Fantasma passou por surto recente da doença, perdendo quase dez peças em pouco espaço de tempo. “Na volta aos trabalhos, a maioria teve problemas de lesão muscular”, diz Mehl. “Atletas que passaram pela covid têm tendência a lesões musculares e perda da capacidade aeróbia”, justifica Risden.

Outra questão que incomoda é a sequência de jogos. Em 50 dias, o Operário chega a 14 partidas disputadas – média de uma partida a cada 3 ou 4 dias no máximo.

“É um exagero, é desumano. Sempre bati nesta tecla, mas é o que se apresenta para nós no momento. Temos que nos adaptar. Normalmente vão acontecer [lesões]. Não vai ser só agora. Será em toda a sequência do campeonato pela exigência física. Faz parte do nosso trabalho e procuramos minimizar”, comenta Mehl.

Além disso, ele considera que as mudanças na tabela do Campeonato Paranaense em decorrência da pandemia prejudicaram a preparação. “Ficávamos sabendo dois dias antes que teríamos partida”, lamenta o preparador.

Eduardo Risden, por sua vez, afirma que o treinamentos físicos executados em Vila Oficinas não estão interferindo na causa de contusões. “São lesões musculares em locais diferentes. Se as lesões fossem no mesmo músculo, aí seria problema de trabalho. O trabalho está sendo bem feito e coerente”, assegura.

Alternativas

Diante de tantos desfalques, Matheus Costa até não tem tanta dificuldade para montar a equipe titular. O único improviso deve ficar por conta de Fábio Alemão, zagueiro de origem que estará na lateral direita. Porém, o defensor está acostumado a jogar naquele setor quando é necessário.

No entanto, há problema para formação do banco de reservas. Somente sete jogadores de linha devem ficar à disposição, sendo três deles oriundos das categorias de base. As opções são o goleiro Thiago Braga, os zagueiros Odivan e Zémarcio, os meio-campistas Marcelo Machado, Tibagi e Rafael Chorão (ou Pedro Ken), além dos pontas Thomaz Santos e Alemão.

Ficha Técnica

Operário: Simão; Fábio Alemão, Reniê, Rodolfo Filemon e Djalma Silva; Leandro Vilela, Pedro Ken (Rafael Chorão) e Marcelo; Rafael Oller, Rodrigo Pimpão e Schumacher. Técnico: Matheus Costa

CSA: Thiago Rodrigues; Ewerthon, Matheus Felipe, Lucão e Kevyn; Geovane, Yuri, Gabriel, Renato Cajá e Marco Túlio; Dellatorre. Técnico: Ney Franco 

Data/Horário: 17/07/2021 (sábado), às 19h

Local: Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa (PR)

Arbitragem: Diego da Costa Cidral (SC) auxiliado por Helton Nunes (SC) e Alexandre de Medeiros Lodetti (SC)

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