Ponta Grossa deverá contar, no próximo mês, com uma nova unidade cultural. O imóvel escolhido para isso é o Memorial Ponto Azul, localizado na Praça Barão do Rio Branco, no Centro da cidade. A movimentação no local chamou a atenção nas últimas semanas, e levou a reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais a questionar qual a intenção do município em relação ao imóvel.
O presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Alberto Portugal, informou no que consiste o projeto, e se mostrou empolgado com a ideia. “O Ponto Azul está sendo reformado para receber todo o setor de artes visuais que, desde a saída da Estação Arte, estava concentrado no subsolo do Centro de Cultura. Ali teremos o ateliê para oficinas de desenho, pintura, gravura e fotografia”, revelou. Ele diz que o espaço interno é maior do que aparenta ser, e que permitirá várias ações.
O imóvel também contará com um novo espaço destinado a exposições coletivas e individuais. A estratégia é levar a exposição a um local de grande circulação de pessoas, para fomentar as visitações. Por isso a escolha do Memorial Ponto Azul, que fica hoje no início do Calçadão da Rua Coronel Cláudio, e é referência no contexto histórico e social da cidade desde a década de 1950, quando era estação de embarque e desembarque de ônibus.
Feiras e exposições
A inauguração do Setor de Artes Visuais Ponto Azul está prevista para 24 de agosto. Está pré-agendada para essa data exposição de obras de Marcelo Schimaneski e o lançamento do livro “Marcelo Schimaneski – Pincéis da Superação”, de autoria de Dione Navarro. “Queremos aproximar da comunidades as artes visuais. Para isso, mensalmente queremos ter exposições novas e, na área externa, feiras de obras de artes e antiguidades, além de encontros de colecionadores”, sugere Portugal.
Memorial
O imóvel passa por manutenção elétrica, hidráulica, além de pintura nova e troca de vidros. O serviço é feito por empresa terceirizada, contratada pela FMS para reparos eventuais. Nos próximas dias, outra empresa fará a limpeza dos painéis que representam parte da história da cidade, sendo que um deles fica voltado para o Calçadão, e retrata o Ponto Azul de 1958, e outro fica na parte superior, voltado para a praça, retratando elementos culturais da formação étnica do município. Já no local onde está o obelisco, a intenção é fazer um jardim vertical. O Ponto Azul original foi demolido na década de 1970 e deu lugar ao Memorial em 2004.