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Ponta Grossa cria mais empregos neste ano do que em 2019

Calculado subtraindo as demissões das contratações, saldo de vagas de janeiro a julho de 2020 é superior ao registrado no mesmo período do ano passado

Construção civil lidera a criação de vagas, com 2.353 novos empregos neste ano (Foto: Arquivo DC)

Surpreendentemente, mesmo com a crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus, Ponta Grossa gerou mais novos empregos neste ano do que no mesmo período do ano passado. De janeiro a julho foram criadas 828 novas vagas, mais do que o dobro de 2019 (383). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistema do Ministério da Economia que registra todas as admissões e desligamentos de trabalhadores com carteira assinada e, subtraindo as demissões das contratações, aponta quantos novos postos de trabalho formais foram criados.

O bom resultado é mérito principalmente da construção civil, que acumula 2.353 novas vagas; no ano passado, no mesmo período, o mesmo segmento tinha um saldo de apenas +188 vagas. Conforme lembra o secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, José Loureiro, a maioria das vagas ofertadas pela Agência do Trabalhador tem sido deste segmento, que acumula diversos novos empreendimentos.

“Temos muitas empresas trabalhando na construção civil, e se não fosse ela nosso saldo seria negativo. Temos a Tabocas, construindo o sistema de transmissão de energia para a Engie Brasil, várias empreiteiras construindo condomínios e nas últimas semanas quem mais contratou foi a construtora que está fazendo os quatro novos viadutos em Ponta Grossa”, disse ele, referindo-se às obras dos viadutos incluídas no acordo de leniência da CCR Rodonorte.

Também geraram vagas a indústria e a construção civil, com 31 e 10 vagas, respectivamente. Apesar de voltar a ter desempenho positivo em julho (+174) após acumular quedas desde março, o comércio ainda e o setor que mais extinguiu empregos neste ano (-900), com o segmento de serviços figurando na sequência (-666).

Loureiro também é presidente do Sindilojas e avalia que o comércio só voltará a ter desempenho semelhante ao período pré-pandemia a partir do próximo ano. “Enquanto não voltar tudo 100% o comércio não volta ao normal. O comércio depende das escolas, dos eventos, de vários segmentos que ainda não voltaram a funcionar”, avalia o gestor.

“Já a prestação de serviços foi a primeira a cair, pois atua muito com terceirizações – e muitas empresas pararam e/ou diminuíram horas trabalhando – e também engloba os eventos e o turismo, que seguem suspensos devido à pandemia”, reforça José Loureiro.

Melhor mês

De acordo com a base de dados do Ministério da Economia em julho Ponta Grossa teve o melhor resultado mensal em empregos formais desde o início do ano, registrando um saldo de 623 vagas através de 2.746 admissões e 2.123 demissões.

Ponta Grossa se destaca entre os 399 municípios paranaenses

No mês de julho Ponta Grossa teve o terceiro melhor resultado entre as 399 cidades do Paraná, atrás apenas de Arapongas (686) e Umuarama (637), registrando +623 empregos. Apesar de ambos os municípios terem cerca de um terço do tamanho de Ponta Grossa em número de habitantes e mesmo assim números superiores em geração de empregos, quando observado o acumulado do ano as duas têm saldos menores, de 167 vagas em Arapongas e 282 em Umuarama – versus 828 em Ponta Grossa.

No acumulado do ano a maior cidade dos Campos Gerais ocupa o quarto melhor desempenho estadual, atrás de Matelândia (+1.962), Ortigueira (+1.717) e Toledo (+1.260). Entre as cinco maiores do Paraná, Ponta Grossa é a única que registra a geração de empregos em 2020. Cascavel, em 271º lugar no ranking estadual, fechou 15 postos de trabalho, Maringá (396º) 4.532, Londrina (397º) perdeu 5.745 vagas e Curitiba, a última colocada entre os 399 municípios paranaenses, registra um saldo negativo de 22.535 empregos.

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