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Ponta Grossa 198 anos: Porto seco pode se tornar realidade

Paraná conta hoje com portos secos em três cidades: Foz do Iguaçu (foto), Curitiba e Cascavel (Foto: Divulgação/Multilog)

Outro sonho antigo de Ponta Grossa, aos 198 anos, vem sendo trabalhado novamente na cidade e pode sair do papel antes mesmo de a cidade completar o seu bicentenário. Foi finalizado em junho o estudo de viabilidade para a implantação de um porto seco em Ponta Grossa – estrutura que agiliza compras e vendas de produtos ao exterior e que hoje está presente no Paraná apenas em Curitiba, Cascavel e Foz do Iguaçu.

A iniciativa é encabeçada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG), que junto a outras instituições como a Prefeitura e o Sebrae já encaminhou o projeto para avaliação da Receita Federal. A expectativa é de que em cerca de um ano a licitação já possa ser feita para que o empreendimento seja iniciado.

O que é

Conforme explica o gerente regional do Sebrae, Joel Franzim Jr., um porto seco é uma estação aduaneira. “O investimento é privado, mas de uso público: uma empresa faz a obra e a Receita Federal usa parte da estrutura com um escritório deles para fazer o desembaraço aduaneiro”, afirma.

Segundo o presidente do CDEPG, Leonardo Puppi Bernadi, a estrutura está diretamente ligada à redução de tempo e de custos, e por isso pode atrair novos investimentos para a cidade.

“Queremos transformar Ponta Grossa em um hub de comércio do Sul do Brasil e atrair centros de distribuição. Então nada mais facilitador para essa atividade do que aterrissar o avião na pista de cargas do aeroporto Afonso Pena [CWB], o container chegar lá e entrar num caminhão ou trem, ser transportado para Ponta Grossa e entrar no porto seco. A partir dali o centro de distribuição vai retirando o conteúdo já desembaraçado e pagando imposto de importação apenas à medida em que vai retirando a mercadoria do porto seco”, ressalta Bernardi.

“Assim a gente vai adiando o pagamento de imposto e racionalizando o fluxo de caixa de qualquer empresa que queira atender e-commerce no Brasil todo”, complementa o presidente do CDEPG.

Tentativas

O porto seco vem sendo discutido seriamente há pelo menos 20 anos em Ponta Grossa. “A primeira tentativa foi em 2001, quando a ACIPG, com o auxílio da delegacia regional da Receita Federal, se mobilizou. Foi criado estudo, a Receita abriu licitação, mas ela foi deserta: não houveram interessados em investir naquele momento”, relata Leonardo Puppi Bernardi.

“Em 2013 houve uma segunda tentativa de abertura de processo licitatório. A Prefeitura adiantou-se, doou um terreno para essa finalidade para facilitar o trâmite, mas o processo da empresa que ganhou foi indeferido pela Receita Federal por problemas no estudo de viabilidade apresentado. Aprendemos com os erros das outras vezes e agora estamos conduzindo da forma mais técnica possível”, garante o presidente do CDEPG.

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