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Pobreza cresce 48% em Ponta Grossa durante a pandemia

Dados atualizados do Governo Federal mostram que pelo menos 13.873 famílias da cidade têm renda mensal per capita de até R$ 200; antes do primeiro caso, eram 9.356

Foto que ilustra a Pobreza em Ponta Grossa
Foto: Arquivo DC

Já imaginou como seria a sua vida se a sua família tivesse uma renda mensal per capita de até R$ 200? Esta é a realidade de pelo menos 13.873 famílias da cidade, número que vem crescendo e já soma uma alta de 48% durante a pandemia, revelando um crescimento da pobreza em Ponta Grossa. Considerando a população total da cidade, isso representa 1 a cada 25 habitantes; antes do primeiro caso de covid-19 na cidade, a proporção era de 1 a cada 38.

E este é só um número mínimo, já que considera os dados mais recentes do Governo Federal sobre as famílias aptas a receber o Auxílio Brasil neste mês.

O benefício tem uma série de critérios a ser cumpridos para ser concedidos, e trabalha com o limite das famílias consideradas em extrema pobreza (renda per capita mensal de até R$ 100) ou em situação de pobreza (renda per capita mensal entre R$ 100,01 e R$ 200) – mas, neste segundo caso, só entram na conta aquelas que têm em sua composição gestantes ou jovens de até 21 anos. 

O levantamento feito pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais mostra que o agravamento foi, principalmente, em 2021. Durante a pandemia (de março de 2020 a janeiro de 2022) 4.517 famílias foram incluídas no programa que substitui o Bolsa Família e dá um panorama da pobreza em Ponta Grossa (+48%). Porém, apenas de um ano para cá (de janeiro de 2021 para janeiro de 2022) a lista aumentou 29%, com o acréscimo de 3.136 famílias.

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Fila de espera zerada

Do último mês para esse, o total de famílias atendidas pelo Auxílio Brasil passou de 11.506 para 13.873. Isso aconteceu porque o Governo Federal afirmou que zerou a fila de espera pelo programa – o que indica que dados de meses anteriores mostravam um índice de pobreza defasado, o que também reforça que os números desta reportagem são os mínimos.

Comparativo com outras cidades

Entre as maiores cidades do estado Ponta Grossa fica em segundo lugar em nível de pobreza, calculando a proporção de beneficiários por habitantes. Em primeiro estava Londrina, com 1 a cada 22 habitantes, na sequência Ponta Grossa, com 1 a cada 25, e aí Cascavel (1 a cada 27), Curitiba (1 a cada 38) e Maringá (1 a cada 43).

Permanência no Auxílio Brasil

A permanência no Auxílio Brasil depende, entre outras questões, do cumprimento de algumas condições que têm o objetivo de estimular as famílias a exercerem o direito de acesso às políticas públicas de assistência social, educação e saúde. Entre os critérios estão a frequência escolar mensal mínima de 60% para crianças de quatro e cinco anos de idade, e de 75% para as de seis a 21 anos, a observância do calendário nacional de vacinação instituído pelo Ministério da Saúde, o acompanhamento nutricional de crianças com até sete anos incompletos e do pré-natal para as gestantes.

Como incentivo à emancipação, as famílias que têm aumento da renda familiar mensal que ultrapasse R$ 210 por pessoa e que apresentem em sua composição crianças, jovens de até 21 anos ou gestantes podem permanecer no programa por até 24 meses, sem que o seu benefício seja cancelado em razão deste aumento. O objetivo é dar aos beneficiários a segurança de que eles terão o acompanhamento e a proteção de renda do Governo Federal durante o processo de construção da sua autonomia financeira. 

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