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Plasma convalescente foi usado em 98 pacientes de PG

Foto: Arquivo/DC

Por Luana Souza

Noventa e oito pessoas que estavam internadas em tratamento da covid-19 em Ponta Grossa utilizaram bolsas de plasma convalescente. A técnica consiste em usar esse material, que é a parte líquida do sangue, para tratar pessoas contaminadas pela doença internadas em estado grave. O plasma é coletado a partir da doação de pessoas que foram contaminadas e se recuperaram.

O projeto-piloto do estudo sobre os efeitos do plasma de pacientes recuperados começou no Hemepar de Curitiba em maio do ano passado e faz parte das ações da Secretaria de Estado da Saúde para viabilizar alternativas de tratamento e minimizar a gravidade dos casos de covid-19 no Paraná.

Em Ponta Grossa, a coleta dos materiais começou em agosto de 2020 e a primeira aplicação se deu no final do mesmo mês. Desde então foram coletadas 175 bolsas, utilizadas em 98 pacientes dos hospitais Bom Jesus e Unimed. Os anticorpos dos pacientes recuperados, transfundidos ao enfermo em estado grave, passam a combater o novo coronavírus. 

“São usados naqueles pacientes que começaram a desenvolver insuficiência respiratória. Então nós colocamos esses anticorpos que farão com que o vírus presente no organismo dessas pessoas fique cada vez mais fraco e seja combatido. Dessa forma, faremos uma imunização para melhorar a defesa do organismo”, explica a enfermeira e chefe do Hemepar de Ponta Grossa, Nelsi de Oliveira Zakszewski.

Segundo a enfermeira, o número de pacientes que fez uso do plasma na cidade ainda é considerado baixo para que se tenha uma comprovação científica sobre a eficácia da técnica. “O ideal seria que 500 pacientes já tivessem recebido a bolsa em Ponta Grossa”, observou.

Acrescentou que cada agente etiológico responde de uma forma ao tratamento: “Ainda não existe um estudo publicado que comprova a eficácia e o uso experimental das bolsas fica a critério do médico, mas essa terapia já foi utilizada em 2009 no tratamento de pacientes com Influenza H1N1 e a utilização do plasma convalescente reduziu em até 35% as mortes naquela época”.

A enfermeira disse que as informações sobre as reações e o estado de saúde dos pacientes submetidos ao tratamento são lançados nos prontuários médicos, aos quais não teve acesso, e por isso não poderia responder quantos dos 98 pacientes se recuperaram.

Quem pode doar plasma convalescente

– Homens e mulheres com idades entre 18 e 59 anos

– Mulheres não podem ter passado por gestações

– Apresentou sintomas leves de covid-19

– Pesar mais de 55 quilos

– Estar no período entre 45 e 60 dias da data do diagnóstico do vírus

– Não ter tido ou estar com Sífilis, Chagas, Malária, HIV, HTLV, Hepatite B e C.

* Informações: (42) 3223-1616 ou www.saude.pr.gov.br/doacao. 

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