Por Millena Sartori
A maior parte da estrutura do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC), localizada no bairro Cará-Cará de Ponta Grossa, segue sem previsão de uso após 11 anos em poder da Prefeitura de Ponta Grossa. O imóvel é composto por dois barracões; enquanto que um deles é utilizado como almoxarifado da Fundação Municipal de Saúde desde 2012 e também abrigou mobílias e objetos da Secretaria de Educação até o ano passado, o outro segue ocioso desde 2009, quando a administração municipal adquiriu o imóvel por R$ 4,5 milhões.
Questionada sobre a previsão de uso do espaço, a assessoria de imprensa respondeu apenas que “ainda está em estudo o planejamento para uso do local”.
Em 2018 houve uma tentativa de utilização do espaço: a Prefeitura concedeu a área para três indústrias – uma de artefatos de cimento, uma de móveis e uma de fios e cabos elétricos -, que seriam responsáveis pela manutenção do local e formariam um condomínio industrial por pelo menos 10 anos.
As leis de permissão de uso dos espaços determinavam que a concessão da área total de 18,3 mil m² tinha como condições que as empresas gerassem, juntas, 113 empregos e investissem R$ 3,2 milhões no imóvel para reformas. Porém, o acordo também determinava que as obras inciassem até outubro de 2018 e fossem concluídas até abril de 2020 – prazos que não foram cumpridos pelas empresas.
“Após a concessão, as empresas não se instalaram no local. Devido ao não uso, as concessões foram retomadas e o Município estuda uma forma de melhor aproveitar o uso do local”, disse a Prefeitura à reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais ainda em outubro do ano passado.
Problemas estruturais
Além de dar uma utilidade ao imóvel público, outro desafio da Prefeitura é garantir a segurança na área, que é alvo de invasões, furtos e vandalismo. Em 2016 um dos barracões chegou a sofrer com um incêndio, que danificou ainda mais as estruturas do barracão.
Investimentos no local
Os antigos barracões foram comprados pela prefeitura no final de 2009, depois de uma intensa negociação entre o então prefeito Pedro Wosgrau Filho e o governo federal. Depois de adquiridos por R$ 4,5 milhões, o município investiu mais de R$ 1,5 milhão em um dos barracões numa ampla reforma para que as antigas estruturas fossem adaptadas para as novas funções.
No início do ano passado a administração municipal investiu em mais uma reforma, no valor de R$ 1,4 milhão, para executar obras no almoxarifado da Fundação Municipal de Saúde, instalado em um dos barracões.
