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PG precisa de melhorias no combate a incêndios

O 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros (2º GB) de Ponta Grossa está sem equipamento auxiliar para o combate a incêndio em edifícios. A situação já dura aproximadamente dois anos, quando o veículo denominado “Auto Plataforma Mecânica – APM” apresentou problemas. Como os custos e a burocracia para conserto do veículo adquirido em 1989 ou compra de equipamento novo são elevados, a rapidez da equipe é a principal maneira de evitar incêndios de maiores proporções em prédios ao longo desse período.

O capitão do 2º GB, André Lopes, explica que o equipamento APM é útil em situações bastante específicas, por exemplo, no caso de prédios de até 10 andares, e construídos há mais de 20 anos. “Os prédios mais novos já possuem sistemas de segurança que a legislação pós 2012 previu como forma de evitar os incêndios e proteger os moradores, como hidrantes estrategicamente posicionados e escadas de emergência. Nossa preocupação maior são os prédios mais antigos que, mesmo recebendo adaptações, não oferecem as mesmas possibilidades”, diz.

Embora o capitão minimize o problema, ele reconhece que o Corpo de Bombeiros necessita melhores equipamentos. “A cidade tem um relevo acidentado, que exige manutenções mais constantes”, comenta. Atualmente são quatro os veículos usados no combate a incêndio, sendo um dos caminhões adquirido em 1992.

A presidente do Conselho de Segurança (Conseg-PG), Jane Villaca, afirma que a situação dos bombeiros é a questão mais preocupante, atualmente, para o Conselho. “Em janeiro, o assunto principal de nossas reuniões será buscar uma solução para os bombeiros. O tanque de armazenamento [de água] de um dos caminhões precisa de substituição, que custa cerca de R$ 500 mil. Desde que foi retirada a cobrança do Funrebom, o Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa deixou de contar com um recurso importante”, diz.

 

Funrebom

Jane se refere ao Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros, uma taxa municipal criada em Ponta Grossa na década de 1970 e cuja lei foi revogada em 2008. Em 2014 foi cogitada a volta da cobrança junto ao IPTU, o que não ocorreu por questões jurídicas.

O Funrebom gerava um repasse adicional que chegava perto dos R$ 2 milhões ao ano. Algo que possibilitou a compra do auto plataforma mecânica, atualmente desativado, e do caminhão adquirido em 1992. Em maio deste ano, uma decisão do Supremo Tribunal Federal entendeu que o serviço de combate a incêndios deve ser custeado apenas por impostos, não sendo válida taxa municipal ou estadual para equipar os bombeiros.

 

Equipamento

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) afirma que o Corpo de Bombeiros está finalizando o planejamento orçamentário para disponibilizar, em todos os grandes centros urbanos do Paraná, pelo menos um carro de combate a incêndio e salvamento aéreo (helicóptero).

Segundo a Sesp, o Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa possui equipamentos e viaturas suficientes para atender a demanda do município. Além disso, a fiscalização preventiva é realizada constantemente, método eficaz para prevenir incêndios na região.

A Sesp acrescenta que está em debate a aquisição de novos equipamentos para o Estado, incluindo novas auto plataformas mecânicas, utilizadas em algumas situações de combate a incêndios.

 

Estatísticas

O Comando do 2º GB, por meio de nota, informou que a equipe segue atuando de forma eficaz no combate a incêndios, que foram 273 em vegetação, 225 em edificações e 86 em veículos ao longo de 2017 em Ponta Grossa, onde também foram feitas 12 mil vistorias e 7.622 atendimentos a ocorrências de diversos tipos. O Comando também lembrou que o Estado do Paraná faz o possível para fazer investimentos com o objetivo de satisfazer o trabalho básico cotidiano dos bombeiros.

Lopes: “Um de nossos melhores caminhões foi adquirido em 1992” (Fábio Matavelli)

Orientações

Cuidados em caso de incêndio em edifício

 

Todos os prédios mais novos possuem itens de segurança que reduzem significativamente a possibilidade de graves incêndios. Mas algumas informações básica são úteis, em caso de fogo. Veja as orientações do Corpo de Bombeiros:

 

– Ao entrar em um prédio pela primeira vez, verifique onde ficam as saídas de emergência, extintores de incêndio e hidrantes de parede. Todos costumam estar bem sinalizados.

– Os prédios mais novos possuem a “escada enclausurada”, que é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de portas corta-fogo, específica para uso em casos de incêndio. Informe-se sobre sua localização.

– Em prédios mais antigos, fique atento às luzes indicando a saída. Em caso de fumaça, procure se manter abaixado e com um pano úmido no rosto para respirar durante a saída. Se não for possível deixar o prédio, coloque panos sob a porta. Cuidado com maçanetas muito quentes.

– O uso de hidrantes e extintores pode partir de qualquer cidadão. Mas fique atento às instruções sobre como usar. E, antes de qualquer ação, chame o Corpo de Bombeiros pelo número 193.

– Ajude na fiscalização: edificações mais modernas possuem chuveiros automáticos para combate ao fogo (sprinklers) e detectores de fumaça. Verifique junto ao síndico se estão em funcionamento, e confira se as saídas de emergência permanecem desobstruídas.

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