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PG elabora plano municipal de atendimento a indígenas

A Prefeitura de Ponta Grossa deve montar dentro de, no máximo, 15 dias, uma comissão intersetorial para a criação de uma política de atendimento à população indígena no município. A decisão foi tomada em uma reunião realizada na tarde desta quarta-feira (4). Pela proposta, representantes de diversas secretarias, incluindo Meio Ambiente, Saúde e Educação devem estabelecer um plano de atendimento aos índios, considerando sua cultura e comportamento.

A diretora do Departamento de Proteção Social Especial da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (Faspg), Thaís Verillo, explica que esse é um público que varia muito em números. O último senso realizado pelo município apontou que eles, atualmente, não passam de 30. No entanto, em janeiro deste ano eles chegavam a 140 pessoas. A presença deles na cidade está relacionada com a venda de seus produtos de artesanato, o que se intensifica principalmente em épocas de maior calor, quando eles partem de suas cidades e procuram maiores centros urbanos.

“Queremos que, na próxima semana, ou no máximo em 15 dias, essa comissão esteja formada. O primeiro item a ser colocado em pauta é a criação de um espaço para que essas famílias possam acampar. Precisa ser algo que respeite a cultura deles, próximo a área de mata. Já temos alguns possíveis locais para isso, mas caberá às secretarias analisar e definir a melhor área”, diz Thaís.

Os indígenas costuma acampar nas proximidades da rodoviária da cidade, mas isso acarreta diversos problemas, inclusive a falta de segurança para os próprios índios. “Ali é uma área de intensa circulação de veículos, principalmente ônibus. Como os adultos costumam estar acompanhados das crianças pequenas, existe o risco de acidente, e queremos protegê-los”, comenta.

 

Casa do Índio

O município fornecia um imóvel, na região de Uvaranas, para que os indígenas ficassem temporariamente instalados, mas se tratava de um imóvel alugado que não preenchia os requisitos das famílias. Por mais de uma vez, os indígenas fizeram fogueiras na casa, o que obrigou à ação do Corpo de Bombeiros. O local também não serviria para que todos os indígenas, no auge de sua presença na cidade, tivessem abrigo. Em 2016, um novo imóvel foi escolhido para essa finalidade, dessa vez no Jardim Carvalho. Mas o local também registrou incêndio e está sem luz e sem água encanada. Um espaço para acampar seria o ideal para solucionar a questão.

 

Ensino para as crianças

A Faspg também estudam uma forma de incluir as crianças indígenas no ensino oferecido pelas escolas da cidade. A comissão, em especial com a participação da Secretaria de Educação, deve estabelecer uma forma de colocar as crianças na categoria de ouvintes, temporariamente nas salas de aula do município, como forma de garantir que eles continuassem o aprendizado mesmo estando longe de sua terra natal.

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