Terminou ontem (25) o prazo da Medida Provisória 1.045, que permitiu a retomada dos acordos trabalhistas de redução de jornadas e salários e a suspensão de contratos de trabalho. O programa, instaurado no ano passado como tentativa de diminuir demissões, foi resgatado em abril deste ano com o prazo de 120 dias – e, neste tempo, Ponta Grossa se destacou positivamente entra as maiores cidades do estado.
O maior município dos Campos Gerais foi o que menos fechou acordos relativos à MP 1.045, tanto em números absolutos, quanto proporcionais. PG registrou 3.350 trabalhadores afetados neste ano, 3,52% do total de pessoas com contratos formais ativos. Em Cascavel a proporção chegou a 4,19% (4.419 trabalhadores), em Curitiba a 5,05% (38.001 trabalhadores), em Maringá a 5,48% (8.400 trabalhadores) e em Londrina 5,6% dos trabalhadores foram afetados (8.596, no total).
O levantamento foi feito pelo jornal Diário dos Campos e portal dcmais com base em dados do MInistério da Economia, de 25 de abril (início do prazo) a 21 de agosto (últimos dados disponibilizados).
Leia também: Programa de redução de jornadas e suspensão de contratos termina hoje
Entre as cinco mais populosas do Paraná, PG também foi a que menos fechou acordos por trabalhador – como um mesmo trabalhador pode ter fechado acordos em mais de um emprego ou ter trocado a sua condição (de redução de 25% para redução de 50%,por exemplo), há mais acordos fechados do que trabalhadores afetados.
Em Ponta Grossa a diferença entre o total de acordos e trabalhadores é de 874 pessoas que fecharam mais de um acordo. Em Londrina é 1.203, em Maringá 2.041, em Cascavel 2.729 e em Curitiba 9.615.
Total da pandemia
Somando os totais de 2020 e de 2021, novamente Ponta Grossa se destaca como a cidade que teve menos trabalhadores com contratos afetados durante a pandemia: foram 19.261 trabalhadores, 20,27% do total (1 a cada 5). Em Cascavel a proporção é de 22,36%, em Curitiba de 27,33%, em Maringá de 29,34% e em Londrina 30,35%.