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PG depende de tratativas com União e Estado para ter área que seria da ESA

Foto: José Fernando Ogura/ AEN

O chamariz de Ponta Grossa para obter a instalação da Escola de Sargento das Armas (ESA) seria a área de 37,5 km² no Distrito de Itaiacoca. Porém, ela não foi suficiente para cativar o Alto Comando do Exército Brasileiro, que escolheu Recife (PE) para abrigar o investimento bilionário. Além de ficar sem a estrutura do Exército, o Município fica sem posse do terreno, que pertence à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e que seria colocado em acordo de permuta com os militares.

A Prefeitura, contudo, pode voltar a negociar com a Embrapa para que a área futuramente seja usada pela administração pública para grandes investimentos. Naquela região, pelo menos uma das promessas feitas ao Exército vai se concretizar mesmo sem a vinda da ESA: o Contorno que vai ligar PR-151, PR-513 (Estrada de Itaiacoca) e BR-376.

A estrutura viária permitiria avanço de Ponta Grossa para explorar áreas da região. Entre elas o espaço que seria para a ESA. A Prefeitura, por sua vez, adota tom de cautela em relação a negociar novamente o terreno.

“A definição de como será utilizada a área que seria destinada para ESA depende de tratativas com União e Estado”, confirma a administração pública em resposta ao questionamento da reportagem.

De acordo com a Assessorias da Diretoria de Gestão Institucional da Embrapa, mesmo as tratativas para a possível instalação da ESA eram consideradas em fase inicial. “[Estavam] avaliando as possibilidades e alternativas que pudessem convergir os interesses da Embrapa, do Exército Brasileiro e do Estado do Paraná. Logo, não há solicitação formal de cessão da área ou qualquer entendimento concluído”, diz a Empresa Nacional.

Indústria

Por ser área de grande extensão e que futuramente terá passagem rodoviária, partes do terreno poderiam abrigar o Parque Industrial de Ponta Grossa. O local faria fundos com o atual Distrito Industrial.

“Pode se transformar em uma área planejada e produtiva para a cidade. Também como parque tecnológico ou para o desenvolvimento de setor da economia”, comenta o coordenador do Núcleo das Indústrias de Ponta Grossa, Otto Ferreira Neto.

O presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa, Leonardo Puppi Bernardi, crê que toda a negociação para a ESA abriu espaço para que a cidade observe com maior atenção a área. No entanto, ele também exalta o trabalho de pesquisa agropecuária.

“Acho que serviu para a própria Embrapa olhar com melhores olhos aquela área. A Embrapa é uma potência de pesquisa. Acho que serviu para mostrar que há esse enorme imóvel no ativo da Empresa e que pode estar sendo subutilizado. Deve ser tratada como região de pesquisa agronômica também, dado ao potencial da região para a agroindústria”, expõe.

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