em

Área reservada por PG à ESA está avaliada em meio bilhão de reais

Foto: José Fernando Ogura/AEN

A prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (PSD), recebeu nesta semana o laudo de avaliação do valor do imóvel que está sendo estudado para implantação da Escola de Sargentos das Armas (ESA). A entrega no Gabinete partiu de representantes da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), que atuaram em parceria com o poder público para elaboração do documento.

A avaliação serve para o Exército Brasileiro ter noção do benefício na permuta que será realizada com uma área em Palmeira, caso Ponta Grossa seja escolhida para receber a sede da ESA, bem como lastrear o processo administrativo. A reportagem entrou em contato com imobiliaristas que conhecem a região do terreno e, de acordo com os especialistas, a estimativa é que o valor de mercado da área seja d cerca de meio bilhão de reais (R$ 500 milhões).

O valor estimado leva em consideração a localização e o tamanho da área, que totaliza 4,3 mil hectares. A fazenda fica no caminho para o Distrito de Itaiacoca, onde está atualmente a Fazenda Modelo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Caso a ESA venha para os Campos Gerais, ela vai ‘abraçar’ uma das laterais da cidade. Além disso, o terreno tem conexão com a BR-376, com a Estrada de Itaiacoca (PR-513) e, a partir da instalação do novo Contorno, com a PR-151.

Em contrapartida, a Embrapa receberia uma área do Exército localizada em Palmeira, vizinha de Ponta Grossa. Lá encontra-se o terreno da ‘Fazenda Baronesa’, local que recebeu o Imperador Dom Pedro II em 1880. Para efeito comparativo, o espaço em que funciona atualmente a 2ª Companhia do 5° Batalhão de Suprimento tem 17 Km² – menos da metade da área oferecida por Ponta Grossa. De acordo com especialistas, considerando o preço médio do hectare na zona rural de Palmeira, o terreno custaria cerca de R$ 200 milhões. Ou seja, na estimativa o Exército Brasileiro sairia em vantagem com a permuta oferecida.

Embrapa

Em março, uma comitiva esteve em Palmeira observando as terras para uma possível cessão de uso do Exército para a Embrapa. O objetivo da visita foi conhecer as atividades desenvolvidas pela Subunidade, assim como áreas agricultáveis da Fazenda.

Durante a visita, os integrantes do grupo de trabalho que realizam os estudos de viabilidade da permuta da área, percorreram boa parte do espaço. Eles verificaram “in loco” as possíveis áreas de interesse para pesquisas científicas de desenvolvimento de grãos, e as áreas importantes para o funcionamento orgânico, logístico e estratégico da 2ª Companhia de Suprimento.

Em amplo contexto, a visita teve o intuito de auxiliar nas tratativas da região para conseguir o investimento da ESA e demonstra mais um passo de Ponta Grossa na disputa com Santa Maria (RS) e Recife (PE).

Parceria

O laudo de avaliação entregue à prefeita foi realizado pelo perito técnico Andrew Duso, com devidas certificações, e seguiu as normas técnicas de avaliação conforme solicitado, utilizando metodologia certificada ABNT. “Poder contar com empresários e com a ACIPG neste estudo foi essencial para termos um trabalho de qualidade e de forma agilizada. Um trabalho como este leva aproximadamente 15 dias e foi feito em cinco. É uma conta de alto custo e mesmo assim nos foi doado”, enfatizou Elizabeth Schmidt.

“A ajuda da ACIPG, bem como do empresariado local, foi necessária devido à urgência da demanda. Isto denota a união de forças da sociedade civil organizada em prol desta agenda que promete deixar um legado incalculável a Ponta Grossa. O entusiasmo é grande”, comentou o diretor de Prestação de Serviços, representando a ACIPG, Leonardo Stadler.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.