O grupo de pesquisa de Materiais Funcionais e Estruturais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) recebeu no final de abril a patente de um novo material desenvolvido na universidade. A patente é fruto do desenvolvimento de um biomaterial, composto de Hidroxiapatita – oxifosfato de nióbio, e foi desenvolvida a partir do trabalho de mestrado de Lucas Anedino de Souza, sob a orientação do professor Augusto Celso Antunes e José Caetano Zurita da Silva, ambos já falecidos.
O material foi sintetizado e caracterizado pelo grupo de pesquisa em colaboração com as professoras Mariza Boscacci Marques e Lara Pedroso Pereira e o depósito do pedido de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) foi realizado em 2006.
De acordo com a professora Sandra Regina Masetto Antunes, os biomateriais podem ter a finalidade de reparar ou substituir tecidos, órgãos ou funções do organismo. “Para isso devem apresentar propriedades específicas, de modo a estimular uma resposta adequada do organismo. O biomaterial desenvolvido aqui na UEPG tem aplicação como material de preenchimento ósseo”, destaca a professora.
A patente foi despachada no último dia 24 de abril, após quase 13 anos do depósito do pedido no INPI. Já em 2015, a primeira carta patente nacional da UEPG foi concedida pelo INPI ao grupo, e reconhecia a composição de biovidro combinado com carbeto de boro.
Grupo de pesquisa
O grupo de pesquisa sempre teve como objetivo o desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão voltados para inovação tecnológica, enfatizando o desenvolvimento de processos e/ou tecnologias com relevância do aspecto socioambiental.
“Por isso, além da preocupação com produção de artigos científicos e formação de recursos humanos qualificados, o grupo protege o conhecimento desenvolvido com o depósito de patente, como pode ser observado pelo número de pedidos de patentes de invenção das quais seus integrantes são inventores que já somam10 depósitos no INPI”, lembra a professora Christiane Philippini Ferreira Borges.