A Patrulha Maria da Penha, braço da Guarda Municipal de Ponta Grossa, completa um ano de atuação em outubro. Oito meses após sua instalação, um levantamento da Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública aponta que, somente neste ano, foram atendidos mais de 190 casos de violência doméstica na cidade.
O secretário Ary Lovato comenta que o número é superior ao verificado no ano passado, quando os registros apontaram para 150 casos desse tipo. Para ele, isso indica que havia uma demanda reprimida em atendimentos desse tipo, e que a patrulha veio oferecer um serviço pelo qual muitas pessoas ainda nem procuravam.
“Hoje somos uma cidade referência no atendimento aos casos de violência doméstica. Das cidades do interior do Paraná, à exceção de Curitiba, somos aquela que executa o maior número de medidas protetivas”, diz Lovato. Foram cerca de 120 medidas protetivas atendidas pela patrulha até julho. Essas ações consistem em determinações da Justiça.
Lovato destaca que é muito importante que a população se mantenha firme e denuncie os casos de violência contra a mulher, através do número 153. A patrulha já realizou quase 30 prisões devido a agressões ou ameaças contra mulheres. Segundo ele, o ditado que diz “em briga de marido e mulher não se mete a colher” está ultrapassado. “Estamos metendo algemas em lugar de colheres”, diz.