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Pacientes vão ter acompanhamento médico por aplicativo

Testes com pacientes foram realizados na manhã de sexta-feira (7) na unidade de saúde Júlio de Azevedo. Foto: José Aldinan

Ponta Grossa é a primeira cidade do Brasil a receber um projeto inovador voltado à saúde mental de pacientes atendidos pelo SUS e que serão acompanhados por meio de aplicativos pelos profissionais das unidades básicas de saúde. A implantação do sistema de inteligência artificial, que já está em funcionamento desde janeiro, surgiu a partir de uma aliança formada pelas empresas Inova Clínica e Teleconex, que é voltada para tecnologias exponenciais.

A união foi estratégica para uma parceria com a empresa Lauris Intelligence, de São Paulo, que juntas passaram a desenvolver programas, sistemas e projetos que contemplam a saúde da mulher, dos idosos, das crianças com obesidade e mental de pessoas atendidas pelo Sistema Único de Saúde.

“Trata-se de uma aliança estratégica, que desenvolve tecnologias focando no bem-estar físico e mental das pessoas. É um projeto único, no qual utilizamos métodos contemporâneos de automação humana e tecnológica”, explica o professor, Donizetti Louro, CEO da Lauris Intelligence e pesquisador da Gaesi Gestão em Automação e TI da Universidade de São Paulo (USP).

Além da união das três empresas, o projeto conta com a participação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), por meio do curso de Medicina, da Prefeitura de Ponta Grossa e da empresa americana Sharecare do Brasil, que foi a responsável pelo desenvolvimento e doação dos aplicativos.

Como funciona

Na prática, o sistema tecnológico desenvolvido entra em ação no momento em que o paciente procura atendimento na unidade de saúde. “Assim que ele entra na unidade passa por esse aplicativo e responde algumas perguntas. Em seguida ele é atendido por um médico, profissional de saúde mental. O próximo passo é um estudo dos dados fisiológicos do paciente e as informações são todas compiladas no sistema”, explica o cirurgião vascular Cristiano Pinto, CEO e coordenador de projetos da Inova Clínica.

Todas as informações do pacientes são então disponibilizadas no sistema, no qual o médico especialista em saúde mental tem acesso ao quadro clínico. “Mesmo que à distância, o médico poderá identificar o quadro do paciente e orientar o seu encaminhamento ao profissional da unidade de saúde”, acrescenta Cristiano.

De acordo com o médico, o projeto veio com o objetivo de utilizar a tecnologia como aliada na otimização dos atendimentos na atenção primária. “Quando falamos em saúde mental é nítido que existe um descontrole e uma dificuldade de acesso da população aos profissionais dessa área. Por isso que esse projeto traz todo empoderamento dos profissionais utilizando dispositivos do sistema ciberfísico, que compila todas as informações possibilitando a análise do quadro clínico sem precisar estar junto desse paciente”, destaca.

Expansão

O projeto que utiliza tecnologias para facilitar os atendimentos na atenção primária de saúde em Ponta Grossa também já contemplou outras áreas médicas, beneficiando pacientes com hipertensão e diabetes. “Estamos fechando uma das fases do projeto de Saúde Mental, que iniciou em janeiro com o acompanhamento de 100 pacientes. A próxima etapa será ampliar o número de pacientes atendidos e estender para outras cidades da região dos Campos Gerais”, acrescenta o pesquisador Donizetti.

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