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Pacientes relatam espera de mais de 7h nas UPAs de Ponta Grossa

Pacientes em frente à UPA Santa Paula em Ponta Grossa
Foto: José Aldinan

A procura pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) aparenta ter crescido em Ponta Grossa. Nas últimas semanas, aumentou o número de usuários que reclamam sobre a demora no atendimento nas duas unidades da maior cidade dos Campos Gerais. Há relatos de pessoas que dizem ficar mais de sete horas aguardando pela avaliação médica.

Na tarde desta quarta-feira (5), a reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais esteve diante da UPA Santa Paula e conversou com alguns daqueles que frequentavam a unidade. Um paciente, que pediu para não se identificar, disse que chegou à UPA com suspeita de fratura no pé, por volta das 12h. Até às 17h30 ele ainda não havia sido atendido por médico, desistiu de esperar e foi embora.

Uma mulher, com sintomas respiratórios, disse que chegou ao local às 9 horas e só foi atendida às 16h30. Espera de mais de sete horas pelo atendimento médico.

Um dia antes da constatação, a reportagem já havia questionado a Fundação Municipal de Saúde sobre uma eventual percepção do crescimento da demanda, e possível sobrecarga no atendimento. A reportagem também perguntou sobre razão específica do aparente crescimento e do que poderia ser feito, a curto prazo, para solucionar o problema.

A Fundação de Saúde retornou informando que as Unidades seguem o protocolo de classificação de risco do Ministério da Saúde. Atendimento imediato (risco vermelho), atendimento em até 1 hora (risco amarelo), atendimento em até 2 horas (risco verde) e atendimento em até 4 horas (risco azul).

“Em média, o paciente leva 15 minutos para chegar na classificação de risco e ser avaliado pelo profissional enfermeiro, onde verificam-se todos os sinais vitais como pressão arterial, batimento cardíaco, saturação, temperatura, etc. Toda classificação de risco pode mudar sempre que a condição clínica do paciente altere”, salientou a Fundação de Saúde na resposta.

Pacientes de baixo risco

A reportagem também conseguiu contato com a funcionária de uma das UPAs de Ponta Grossa. Sem se identificar, ela confirmou que as unidades estão cheias e que há pacientes de variados sintomas. “Respiratório tem bastante”, diz.

Ela afirma que há muitos pacientes de risco azul (baixo risco) que procuram a UPA, o que sobrecarrega o sistema. A funcionária diz que pacientes de outras faixas de risco não costumam enfrentar demora de atendimento “Jamais deixamos pacientes graves esperando”, afirma.

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