De acordo com o Decreto Estadual publicado na sexta-feira (26), apenas os serviços essenciais devem funcionar no Paraná até o dia 8 de março. Mas o que se viu nos terminais do transporte coletivo de Ponta Grossa, especialmente no Central, foi justamente o contrário do que imaginavam as autoridades. Nas primeiras horas desta segunda-feira (1°), ônibus abarrotados de trabalhadores circulavam pelas ruas.
A questão levantada por boa parte da população é que, entre as medidas adicionais do Município, houve determinação de redução em 50% da oferta do serviço de transporte coletivo urbano.
O documento também proíbe o acesso de menores de 14 anos em supermercados e detalha quais atividades são consideradas essenciais e devem ser mantidas. O texto ainda prevê multa de R$ 10 mil a proprietário de imóvel ou responsável por evento gerador de aglomeração.
Em resposta à reportagem, a Viação Campos Gerais (VCG) diz estar operando conforme a determinação do Decreto Municipal. “No entanto, diante de casos pontuais, a VCG já agiu, a exemplo do Distrito Industrial, onde foram colocados três carros extras. Também foram colocados três articulados extras, um para cada terminal”, informa.
Conforme a empresa, a necessidade de mais veículos nesses casos pontuais foi detectada por equipes da própria Viação. “Em conversa com a AMTT e nossa equipe de tráfego, serão colocados carros intermediários para rodarem em horário de pico, a fim de minimizar o excesso de passageiros, já que trata-se de uma situação pontual nestes horários”, reforça a VCG.
A Prefeitura adotou o mesmo tom ao responder o questionamento sobre a aglomeração no transporte. “A Prefeitura de Ponta Grossa, através da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), informa que está acompanhando a situação e promovendo os ajustes necessários, o que inclui a colocação de carros-extra em circulação no intuito de evitar eventuais aglomerações de passageiros”, comunica.
Números
Ponta Grossa tem atualmente 22.558 casos confirmados da covid-19, sendo que 6.900 pessoas estão em isolamento domiciliar. Há 46 ponta-grossenses internados em enfermaria e 48 em UTI’s. A cidade acumula 382 óbitos desde o início da pandemia.