A Confederação Brasileira de Basketball (CBB) está trabalhando ativamente nos bastidores para organizar o Campeonato Brasileiro de Clubes Feminino. Neste mês, uma reunião virtual contou com a participação de 40 equipes interessadas na disputa. Elas representam 13 estados do país. Entre os times presentes no encontro online está o Novo Basquete Ponta Grossa/Instituto CCR (NBPG), que já obteve resultados expressivos com as meninas em temporadas anteriores.
A intenção da Confederação é formar o Feminino nos mesmos moldes do Nacional Masculino, que começou em fevereiro com a disputa dividida em duas conferências. Entre os homens são 12 clubes inscritos e o projeto ponta-grossense está entre eles. Inclusive, o NBPG lidera uma das conferências.
O objetivo é colocar a competição das mulheres em ação no segundo semestre da temporada, dando tempo para que as equipes estudem e se planejem sobre a viabilidade de participação. O Novo Basquete Ponta Grossa, por exemplo, desmanchou no ano passado o elenco feminino que tinha em mãos.
“O NBPG participou da reunião da CBB pelo histórico que tem na modalidade, mas estamos apenas avaliando a possibilidade de jogar. Em virtude da pandemia, não tivemos nenhum evento no ano passado e não temos nenhum projeto feminino encaminhado. Não houve captação de recursos para o feminino. Participamos da reunião para visualizarmos a possibilidade, mas no momento não temos qualquer posição definida”, pondera o diretor da Liga Desportiva de Ponta Grossa, Paulo Affonso Moreira.
A CBB deu prazo até 1º de junho para que os interessados possam ratificar a participação. Também foi apresentado aos clubes o esboço do formato da disputa. O calendário nacional prevê a realização do Nacional Feminino entre os meses de setembro e novembro.
Além do NBPG, há outras nove equipes da região Sul interessadas. No Nordeste são sete, no Norte há uma, no Centro-Oeste são três e no Sudeste há 18 times que participaram do encontro virtual e vislumbram o Brasileiro.
Avaliação
Vice-presidente da CBB e diretora do basquete feminino, Paula Gonçalves, a ‘Magic Paula’, falou sobre o encontro e a satisfação após o primeiro passo. “O interesse nesse momento inicial pela realização do campeonato é surpreendente e nos dá essa visão de quantos apaixonados fazem basquete feminino pelo país. Acredito que temos que realizar com o número de equipes que for possível neste momento e ir trabalhando para a inclusão de todos”, explicou.
Magic também comentou sobre detalhes do torneio. “Definimos que a faixa etária será abaixo de 23 anos. Somente três jogadoras adultas podem ser incluídas nas equipes e que podem ter passado pela Liga de Basquete Feminino”, citou. Assim, o objetivo é que o Brasileiro Feminino seja responsável e fomente a formação de novos talentos para o basquete brasileiro.