A morte do massoterapeuta ponta-grossense Sandro Pedrozo, 52 anos, na última semana, continua repercutindo nas redes sociais. Pedrozo faleceu na quinta-feira (13), no Hospital Bom Jesus, em consequência de uma agressão ocorrida no dia 18 de junho, em circunstâncias ainda investigadas pela Polícia Civil.
O incidente aconteceu próximo ao Clube Tradição, no início da manhã daquele dia. Conforme mostraram imagens de uma câmera de segurança, ele foi violentamente golpeado com socos e chutes, mesmo depois de desacordado. Dele teria sido levado apenas um aparelho celular, o que levou o caso a ser tratado como tentativa de latrocínio. No entanto, também existe a hipótese de que o crime esteja relacionado com o fato de Pedrozo ser homossexual.
A Comissão da Diversidade Sexual e Gênero da OAB Subseção Ponta Grossa lamentou, em nota, o falecimento do massoterapeuta. O texto lembra que as mortes relacionadas a crimes de ódio e preconceito a homossexuais são uma preocupação constante. Em 2016, um levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) traz o número expressivo de 346 mortes de pessoas LGBT, se analisarmos bem, significa que aproximadamente a cada 25 horas morre alguém da comunidade LGBT. Infelizmente o Brasil carece de legislação específica para crimes LGBTfóbicos, e no próprio cenário municipal vemos alguns direitos básicos à comunidade serem ceifados por preceitos pessoais dos governantes e vereadores, menciona a nota.
Acadêmico de licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Pedrozo também foi homenageado, no sábado (15), em ato que abriu a final do 30° Festival Universitário da Canção (FUC). Sandro faleceu aos 52 anos, na última quinta-feira (13), após 25 dias em coma em hospital de Ponta Grossa.