Por Millena Sartori
Todos os parques estaduais paranaenses estão fechados desde o final de março devido à pandemia. Nesse meio tempo o Parque Vila Velha, localizado em Ponta Grossa, está recebendo diversos investimentos na sua infraestrutura, que permitirão que em breve o público visitante possa realizar atividades como tirolesa, balonismo, arvorismo, caiaque, stand up paddle, pedalinho, snorkeling e mountain bike, entre outras. A implantação das novidades e melhorias em serviços de apoio à visitação, turismo sustentável e recreação estão sendo feitas pela Soul Vila Velha, empresa que está gerindo o espaço após o governo assinar a concessão em fevereiro – e afirma que, caso liberado, o parque já pode receber visitantes mesmo em meio às obras.
“Apesar de a pandemia ter impactado o cronograma como um todo, o parque segue rigorosamente as recomendações das autoridades de saúde e já possui o selo Turismo Responsável, do Ministério do Turismo, pela adoção das boas práticas de higienização e segurança de prevenção e combate à Covid-19. Quando da reabertura, o parque será um local seguro”, disse Leandro Ribas, gerente geral da Soul Vila Velha (concessionária da Soul Parques), através da sua assessoria de imprensa.
Segundo ele, treze frentes de obras e melhorias já foram iniciadas. Até o final de agosto a previsão é que sejam finalizadas a implantação de câmeras de segurança e sinal de internet nos pontos de maior visitação, o reforço da sinalização, a manutenção das estruturas e aceiros, o paisagismo e o controle de espécies exóticas inclusive em locais de difícil acesso, como nas Furnas.
Em setembro, a partir do começo do mês o parque deve contar com a implantação da nova comunicação visual, circuito de Arvorismo com Tirolesa, fabricação de Balão Estacionário e implantação de rota de Cicloturismo. Já até o final do mês estão previstas as conclusões da restauração da ponte sobre o Rio Quebra Perna e da revitalização dos ônibus para o transporte interno.
Reabertura
A reabertura dos parques estaduais não será individual; todos deverão ser liberados ao mesmo tempo, conforma informou ao DC a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest). “Ainda não temos previsão de abertura dos Parques Estaduais devido ao aumento dos casos do coronavírus. Se aberto em breve, todas as medidas de distanciamento, higiene e controle de visitantes serão tomadas de acordo com cada espaço”, afirmou o Governo, em nota.
“Quanto ao Parque de Vila Velha, a empresa está fazendo a manutenção do parque e adequações na estrutura para recebimento dos visitantes quando possível. Para todas as atividades planejadas eles devem apresentar estudos ambientais para análise do Instituto Água e Terra, mas de maneira geral eles estão em fase de adequações do espaço”, concluiu a secretaria.
Concessão
A concessão do parque foi assinada no dia 19 de fevereiro deste ano e é válida por 30 anos. A licitação selecionou a proposta economicamente mais vantajosa ao Estado: o investimento na estrutura deve ser de mais de R$ 15 milhões e a empresa ofereceu repasse de 15,2% da receita bruta operacional aos cofres públicos em troca da exploração comercial. Segundo o secretário da Sedest, Márcio Nunes, o custo do parque ao governo era de R$ 4 milhões por ano.
Encontrado no Parque Vila Velha, lobo guará será símbolo da nota de R$ 200
Segundo informações do Instituto Água e Terra (IAT) na fauna existem muitas espécies de grande importância ambiental, raras, endêmicas e ameaçadas de extinção que eram originalmente encontradas no Parque Estadual de Vila Velha, como por exemplo: o bugio-ruivo, o tamanduá-bandeira, o lobo-guará, a jaguatirica, a onça-parda e a onça-pintada – e destas, apenas o lobo-guará ainda é encontrado na região, mesmo animal que foi escolhido para estampar a nova de R$ 200, anunciada esta semana pelo Banco Central. O lançamento da nova cédula está previsto para o final de agosto e a justificativa oficial para a sua criação é a prevenção para a possibilidade de aumento da demanda da população por papel moeda.