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Marido de dona de casa encontrada morta se apresenta à polícia

Edileia dos Santos Rosa, 41 anos

João Carlos Rosa se apresentou hoje (25) à delegacia de Jaguariaíva, cidade dos Campos Gerais a 120 quilômetros de Ponta Grossa. Ele é marido e principal suspeito* de matar a dona de casa Ediléia dos Santos Rosa, de 41 anos, moradora do Bairro Neves, em Ponta Grossa. O crime teria acontecido no dia 11 de julho, durante uma viagem do casal entre Curiúva e Ponta Grossa.

Logo após se apresentar às autoridades, o homem foi conduzido à Cadeia Pública de Jaguariaíva, pois tinha mandado de prisão temporária em aberto por outro crime.

Até o momento, as autoridades policiais não repassaram mais detalhes sobre a prisão de João Carlos. Sabe-se, entretanto, que as investigações da morte de Ediléia estão sendo conduzidas pela delegacia de Curiúva – cidade onde reside a família da dona de casa e de onde o casal saiu no dia do desaparecimento.

Morte de Ediléia

A dona de casa Edileia dos Santos Rosa foi encontrada morta na tarde de sexta-feira (22) dentro de um rio em Tibagi. Moradora do bairro Neves, em Ponta Grossa, Edileia estava desaparecida desde o dia 11 de julho, quando saiu de Curiúva em viagem com o marido, João Carlos Rosa.

Segundo uma irmã da vítima, João Carlos teria enviado à família, na noite de quinta-feira (21), uma carta dizendo onde estava o corpo da esposa e assumindo o assassinato. Os familiares foram até o local, o Rio Pinheiro Seco, em Tibagi, e encontraram o cadáver.

Carta deixada pelo marido da vítima

Além de desenhar o mapa do local onde teria deixado o corpo da esposa, João Carlos usou a carta para acusar Ediléia. Em um recado para a mãe da dona de casa, o homem dizia “a senhora não merecia a filha que tinha” e “eles ião me matar” (sic). O casal estava junto há quase duas décadas.

Em entrevista ao Jornal Tibagi na sexta-feira, logo após o corpo ser encontrado, a irmã de Ediléia contou que João Carlos, antes de mandar a carta, dizia que a esposa havia fugido com um amante. No entanto, a família desconfiavas dos áudios enviados pelo homem e seguia as buscas pela dona de casa. A procura só terminou quando seguiram as orientações do ‘mapa’ deixado pelo marido.

Relembre o desaparecimento

Ediléia desapareceu em 11 de julho. Ela morava em Ponta Grossa, no Residencial Costa Rica, bairro Neves, e deixou de se comunicar com a família durante uma viagem de retorno à sua casa. Segundo a irmã, Siméia dos Santos, a família foi passar o final de semana, do dia 9 de julho, na casa dos pais de Ediléia, em Curiúva.

“Naquele dia, ela deixou a filha em Curiúva para passar as férias escolares e voltou para Ponta Grossa em um veículo Eco Sport na companhia do marido. Depois disso, não conseguimos mais contato com ela. Não responde as nossas mensagens e não atende o celular. A filha dela só chora sem saber notícias da mãe”, disse a irmã ao noticiar o desaparecimento.

A última mensagem de Ediléia dos Santos Rosa teria sido para uma vizinha. A dona de casa avisava que estava retornando para Ponta Grossa, por volta das 14 horas, no dia 11 de julho. Conforme os indícios, nesse mesmo dia ela foi morta por João Carlos. As autoridades policiais não oficializaram à reportagem como a dona de casa morreu. Os órgãos responsáveis disseram à família que apenas exames complementares confirmariam a causa da morte.

Ediléia foi sepultada no último sábado (23) no Cemitério de Curiúva. Ela deixa Raiara Vitória, de 12 anos de idade – filha do relacionamento com João Carlos.

*Por definição, suspeito ou investigado é todo aquele detido pela PM ou alvo de inquérito preliminar da Polícia Civil. Acusado é o suspeito quando passa à condição de réu, e está oficialmente sendo julgado. O indivíduo só é condenado quando passa por todas as instâncias de julgamento e o crime foi comprovado, ocasião em que ele é considerado um criminoso. Por esse motivo, o DCmais prioriza o uso do termo “suspeito”, mesmo quando há prisão em flagrante, fortes indícios de autoria do crime ou quando o investigado admite a culpa.

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