O projeto Mãos Amigas, que utiliza a mão de obra de presos para reparos, manutenção e pequenos consertos em escolas estaduais, gera benefícios para a sociedade, além de oferecer oportunidades aos detentos.
Em Ponta Grossa, 13 escolas já foram contempladas através do trabalho de 40 presos que participaram do projeto desenvolvido pelo governo do Estado, por meio de parceria entre o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), Secretaria de Estado da Segurança Pública, e pelo Departamento Penitenciário (Depen).
De acordo com Bruno José Propst, diretor da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG), os participantes do projeto trabalham de segunda sexta-feira com uma carga horária de 40 horas semanais. "Estamos com uma equipe de 12, mas já passaram pelo projeto 40 presos", explica.
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Segundo o governo do Estado, além de ajudar na conservação e revitalização dos prédios públicos, o projeto ainda faz a ressocialização dos presos participantes, garantindo duplo benefício: redução da pena e economia na execução dos serviços de reparos nos prédios públicos.
"Esse tipo de serviço poderia levar um longo tempo para uma escola resolver, já que depende de licitação e compra de materiais. Com o projeto ele pode ser solucionado em poucos dias, de forma eficaz e barata", informou.
Melhorias
Em Ponta Grossa, o colégio estadual Professor Colares recebeu diversos serviços de reparos e pintura (manutenção do reboco e do telhado; pinturas de todas as paredes externas, fachada, muros e algumas paredes internas, como corredores e refeitório). Os trabalhos duraram quase três meses e foram entregues em julho deste ano.
Além de Ponta Grossa, o Mãos Amigas também atende escolas em Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Guarapuava. Apenas em Curitiba e região, 416 escolas já foram atendidas pela ação e mais de 220 nas demais regiões do Paraná.
Oportunidades
Os presos participantes recebem uma remuneração mensal no valor de R$ 748,50 – ficando 20% guardado em uma poupança sob titularidade do detento e o restante entregue a família. Além disso, há a progressão de pena: a cada três dias trabalhados, a pena é reduzida em um dia, como prevê a Lei de Execuções Penais de 1984.
"O projeto Mãos amigas é um programa fantástico, que auxilia os colégios estaduais em manutenções emergenciais. A mão de obra é selecionada e especializada e tem trazido excelentes resultados nestes trabalhos. É uma verdadeira transformação nos espaços, dando nova vida às escolas, trazendo benefícios para todos, tanto as escolas, como para os presos, para o Estado e a própria sociedade. Pra nós é um grande orgulho participar deste projeto", destaca Bruno.
Mãos Amigas
O projeto, criado em 2012, utiliza a mão de obra de presos que estejam no regime semiaberto (trabalham ou estudam fora, mas dormem na prisão) para serviços de manutenção, conservação e reparos de unidades escolares e de imóveis do patrimônio público. Eles fazem desde serviços de pintura e jardinagem até obras emergenciais, como troca de telhas e forros.
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Escolas atendidas pelo programa em PG
Colégio Estadual Frei Doroteu de Pádua
Colégio Estadual Professora Linda Bacila
Colégio Estadual Epaminondas Novaes Ribas
Colégio Estadual Francisco Pires Machado
Colégio Estadual Professor Colares
Colégio Estadual Iolando Taques Fonseca
Colégio Estadual Presidente Kennedy
Colégio Estadual Borell Du Vernay
Colégio Estadual Nossa Senhora das Graças
Colégio Estadual Doutor Munhoz da Rocha
Colégio Estadual Senador Correia
Núcleo Regional de Educação
Centro Estadual de Educação Profissional de Ponta Grossa (Ceep-PG)
Fonte: Direção da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG)