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Mães que optarem por cesárea eletiva devem passar por série de avaliações

O Hospital Universitário dos Campos Gerais (HURCG) estabeleceu um protocolo para Diretrizes de Cesarianas Eletivas no hospital. A medida foi adotada devido a preocupação de muitos médicos com relação à escolha das mães em optar por este tipo de parto. A explicação é que muitas chegam ao hospital sem o pré-natal em dia, fator que, de acordo com a direção do hospital, dificulta em saber as semanas de gestação, colocando em risco as mães que optarem por realizar esse tipo de procedimento em casos não urgentes. 

A implantação do protocolo foi definida durante reunião entre a diretora-geral do hospital, Luciane Patrícia Cabral; o diretor-técnico, Fernando Torres e o responsável técnico pela maternidade, Henrique Hoffmann. O objetivo foi saber como funcionará o projeto de lei 161/2019, de autoria da deputada Mabel Canto (PSC), que garante à gestante o poder de escolha sobre a modalidade de parto que melhor atende às suas convicções. 

"A preocupação do HU é a antecipação do parto caso a criança não esteja no tempo adequado para o nascimento, ou seja, muitas gestantes chegam sem o pré-natal em dia e isso dificulta o médico em saber de quantas semanas ela está. Por isso, a importância do protocolo que estabelecerá uma série de avaliações para então encaminhar à gestante para a cesárea", explica Everson Krum, vice-reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e diretor do Conselho de Administração do HU.   

A diretora-geral do HU, Luciane Cabral, garante que o protocolo irá abranger todas as gestantes que, muitas vezes, chegam no hospital sem o pré-natal.

 
"Não há como fazer uma cesárea se a criança não estiver pronta. Então as mães que optarem pela cesariana irão assinar um termo, passar por consultas, exames diversos, entrevista com anestesista, além de participar de reuniões com as residentes do curso de Enfermagem Obstétrica do hospital que vão explicar melhor sobre as vantagens e desvantagens desse procedimento", explanou a diretora. 

Adequações 

Ainda de acordo com Everson Krum, o Hospital Universitário está se adequando para que a mulher faça a melhor opção para o seu parto. "São adequações para poder atender a lei de forma consciente e humanizada. Sempre fomos incentivados a ter uma dinâmica de trabalho para o parto natural, preconizando para que o parto seja humanizado. No entanto, estamos nos readequando a um sistema onde a gestante tem o direito de escolha. Para isso, foi necessário estabelecer algumas condições médicas para que a cesárea seja realizada", afirmou o vice-reitor. 

Partos

O Hospital Universitário é o primeiro da região a estabelecer esse protocolo. Ele já está disponível e será apresentado à 3ª Regional de Saúde. Atualmente, o HU realiza cerca de 220 partos por mês, desse número 70% é parto natural e 30% cesariana. "A expectativa é de que as cesáreas aumentem cerca de 30% a partir de agora", aponta Krum.  
 

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