em

Jovem é condenado por homicídio ocorrido em 2017

Defesa alegou legítima defesa e deve recorrer da decisão

Júri realizado nessa terça-feira (1º), no Fórum de Ponta Grossa, resultou na condenação de um homem de aproximadamente 26 anos, por homicídio qualificado. Conforme apontaram as provas colhidas pela investigação da Polícia Civil, ele foi o autor dos disparos que vitimaram William Francisco Gonçalves da Silva, em março de 2017.

De acordo com Ângelo Pilatti Junior, que atuou como assistente de acusação, a defesa tentou alegar legítima defesa. “Mas foi homicídio qualificado, sem condições de a vítima se defender”, comentou.

O advogado que também representa a família da vítima,, Eduardo Condolo, informou que a promotoria apresentou provas periciais de que a vítima foi morta após seis disparos. Cinco deles atingiram William, sendo dois nas costas (que atravessaram o peito), um na nuca e um no braço. “A defesa sustentou que o réu tomou a arma de William após uma discussão, e atirou em legítima defesa. Mas o laudo foi conclusivo, apontando que os tiros não foram dados a queima-roupa, mas de média a longa distância”, comentou Condolo.

O réu, que já estava preso pela suposta prática de outros crimes, foi condenado a 14 anos e três meses de reclusão, e encaminhado à Penitenciária Estadual de Ponta Grossa. A defesa deve recorrer da decisão.

14 de março de 2017

Aos 28 anos, William Francisco Gonçalves da Silva foi vítima fatal de disparos de arma de fogo, no Jardim Maracanã, quando estava em companhia de uma jovem. O corpo foi encontrado em uma área de arroio. A Polícia Civil identificou o suspeito, que acabou preso mais tarde em função de outros crimes, como tráfico de entorpecentes.

Novembro de 2017

Oito meses após o crime, o IML realizou a exumação do corpo de William. A medida se fez necessária, porque foi verificado que o sepultamento ocorreu sem que tivessem sido retirados de seu corpo os projéteis. Eles eram indispensáveis para a investigação, que pretendia compará-los com a arma do suspeito de autoria do homicídio, que já estava preso.

Outubro de 2018

Após nove meses desde a exumação do corpo e retirada dos projéteis, o confronto balístico ainda não havia sido concluído. O advogado Eduardo Lins Condolo, que acompanhava o caso a pedido da família, entrou em contato com o MPPR cobrando agilidade. Sem conclusão, o inquérito ainda não havia dado origem a processo, segundo informou à reportagem na ocasião. O MPPR informou ter dado prazo de 30 dias para apresentação do laudo da balística, que ocorreu mais tarde.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.