A conclusão do inquérito policial para apurar suposta agressão do vereador Izaías Salustiano (PSB) contra a ex-mulher foi pelo não indiciamento de Salustiano. O inquérito foi concluído em meados de agosto e remetido ao Ministério Público para que delibere sobre o fato.
O delegado de polícia responsável pelo caso, Fernando Mauricio Jasinski, da 13ª Subdivisão Policial, explica que a conclusão pelo não indiciamento deu-se a partir dos depoimentos das testemunhas. Segundo ele, nenhuma das testemunhas viu o vereador agredindo a ex-mulher. O inquérito policial aponta que todas as declarações foram no sentido de que Izaías Salustiano tentou separar a ex-esposa, “que estava em vias de fato com outra mulher”.
“No momento da autuação em flagrante tínhamos somente a suposta vítima relatando a situação e o vereador negando os fatos. Durante a investigação, no entanto, foram ouvidas várias testemunhas oculares que apontam que a suposta vítima e mais uma mulher foram em um churrasco em que estava o vereador. E pelo menos cincou ou seis testemunhas oculares desta situação afirmam que estas mulheres teriam chegado agredindo as mulheres que estavam no churrasco com outros homens e que o vereador teria tentado separar as mulheres. Neste caso, a única pessoa que afirma ter havido agressão é a suposta vítima. Inclusive a pessoa que foi com ela até o churrasco não viu nenhuma agressão. Então, o procedimento foi relatado e agora compete ao MP apreciar os fatos”, explica Jasinski.
O inquérito também aponta que tanto ex-esposa que acusa Izaías Salustiano de tê-la agredido quanto o próprio vereador apresentaram lesões de similar gravidade – leves -, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Relembre o caso
O caso aconteceu na madrugada do dia 16 de julho. Conforme o boletim de ocorrência registrado à época, as supostas agressões ocorreram em uma chácara no bairro Contorno, por volta de meia-noite, quando a ex-esposa de Izaías Salustiano o teria flagrado com uma outra mulher.
O vereador e a suposta vítima, segundo o B.O., foram casados durante 26 anos, mas há cerca de um ano estariam vivendo separados, embora não haja registro de ação judicial na Vara de Família de Ponta Grossa. Salustiano chegou a ser preso em flagrante, pagou fiança arbitrada em R$ 4,4 mil e foi liberado.
Denúncia na Corregedoria
Diante da conclusão do inquérito policial, Izaías Salustiano afirma ao dcmais que nos próximos dias também deve protocolar um pedido à Corregedoria da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa para que arquive denúncia contra ele. Após a instauração do inquérito policial para apurar a suposta agressão contra a ex-esposa, o vereador Filipe Chociai (PV), vice-presidente da Câmara, protocolou uma denúncia para que a Corregedoria da Casa apurasse a conduta do vereador.
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