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Índios são compensados pela instalação de usina em Ortigueira

Representantes do Consórcio Energético Cruzeiro do Sul – formado por Copel e Eletrosul – estiveram em Ortigueira na semana passada para assinatura da escritura pública de compra de uma área de 40 alqueires para usufruto da comunidade indígena Mococa. “Esta área, contígua à reserva indígena atual, além de ampliar o território deles, dará condições para a produção de alimentos, uma vez que a área demarcada atualmente é coberta quase que totalmente por floresta, dificultando a atividade produtiva”, explica o superintendente técnico do CECS, Paulo Henrique Rathunde.

A aquisição da área é mais uma ação vinculada ao Programa Básico Ambiental Componente Indígena (PBA-CI) que reúne 21 ações de compensação para as comunidades indígenas nele incluídas em decorrência do licenciamento da Usina Hidrelétrica Jayme Canet Junior (Mauá), instalada no rio Tibagi entre os municípios paranaenses de Telêmaco Borba e Ortigueira.

Área de 40 alqueires será para usufruto da comunidade indígena Mococa. (Foto: Divulgação)

Nos últimos cinco anos, foram investidos pelo Consórcio mais de R$ 32 milhões em ações de apoio às atividades agropecuárias, articulação de lideranças indígenas, vigilância e gestão territorial, recuperação de áreas degradadas e proteção de nascentes, melhoria da infraestrutura, fomento à cultura e às atividades de lazer, monitoramento da fauna e da qualidade da água nas terras indígenas.

Todo o trabalho é coordenado por antropólogos e engenheiros agrônomos, que atendem oito comunidades: São Jerônimo, Barão de Antonina, Mococa, Queimadas, Laranjinha, Ywy Porã, Pinhalzinho e Apucaraninha. Mais de 900 famílias foram beneficiadas com a implantação dos programas socioambientais.

O Programa Básico Ambiental para as terras indígenas foi elaborado com a participação de representantes das comunidades, com acompanhamento do Ministério Público Federal e aprovação da Fundação Nacional do Índio (Funai). O documento relaciona as ações a serem desenvolvidas para compensar os impactos globais da construção da usina – pois nenhuma das terras indígenas contempladas teve território alagado com o enchimento do reservatório da hidrelétrica, que está em operação desde novembro de 2012.

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