A sede da Igreja Evangélica Assembleia de Deus (IEAD), próxima ao Shopping Palladium de Ponta Grossa, foi cenário de confusão na tarde desta terça-feira (28). Seguranças e membros da igreja entraram em conflito diante do portão de acesso, onde alguns tinham entrada autorizada e outros não.
Esta terça-feira é a data para a realização de uma cerimônia e transmissão de cargo para o novo pastor presidente. Porém, a igreja se dividiu entre aqueles que defendem a permanência do mesmo grupo na direção da comunidade, e aqueles que se opõem.
O evento tinha previsão de início às 19h30, com limitação de público e abertura dos portões às 18 horas. Mas, o grupo que se opõe à manutenção da atual equipe gestora afirma que os portões foram abertos mais cedo somente para aqueles que são favoráveis à manutenção do poder. A medida seria uma estratégia para reduzir o número de lugares vagos para quem é da oposição.
Em meio a tudo isso, a oposição também vem denunciando supostos crimes e irregularidades envolvendo a atual gestão. As denúncias incluem supostos desvios de recursos financeiros e de assédio sexual.
Racha
O racha dentro da sede da IEAD ficou evidenciado já na noite de 19 de junho, quando a Polícia Militar precisou ser acionada diante da igreja. Depois que eclodiram denúncias de supostas irregularidades praticadas por dirigentes, uma ação judicial impetrada por membro da igreja pediu suspensão de assembleia geral marcada para aquela data, quando seria definido o presidente da igreja. Diante da negação sobre o pedido, houve protestos diante do templo.
Desentendimento
Mais tarde, uma nota assinada pelo pastor presidente, José Polini, lamentou a situação. Ele atribuiu o desentendimento à insistência de alguns membros em quererem participar de assembleia que tinha restrição de público, por regimento interno e por lei que restringia aglomeração devido à covid-19.