em

Grupo quer retirada de decks na Praça da Catedral de PG

Estruturas foram instaladas quando processo de tombamento da praça já havia sido iniciado

Foto de deck de madeira instalado na Praça Marechal Floriano Peixoto, a Prçaa da Catedral de Ponta Grossa
Foto: José Aldinan

O Grupo Sherlock Holmes Cultura, iniciativa de ponta-grossenses que buscam a preservação da memória e cultura da cidade, agora está envolvido com a proposta de devolver à Praça Marechal Floriano Peixoto – a Praça da Catedral de PG – elementos que se perderam nos últimos anos. A intenção ganhou força com o tombamento da praça pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Compac), ocorrido no final do mês passado. Uma das medidas mais polêmicas seria a retirada dos decks de madeira.

Praça da Catedral de PG

Para Carlos Mendes Fontes Neto, retirar os decks seria cumprir o que determina a lei, já que as peças foram montadas em março de 2020, pouco depois de a praça ter sido incluída no inventário de patrimônio cultural, o que impediria intervenções que mudassem seu aspecto até a votação sobre o tombamento definitivo. Mas o principal, ele diz, seria devolver à praça um pouco mais de sua originalidade.

“Temos recebido as mais diversas manifestações a respeito. Todas rechaçando tais elementos colocados sobre os canteiros e com exploração comercial dirigida. Esperamos que o poder público cumpra seu papel e respeite a originalidade da praça. Respeite a história e a memória do lugar em que a cidade nasceu”.

Os decks

Os decks de madeira foram instalados pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos, com a proposta de ser espaço para uso de restaurantes do entorno e para o convívio social. À época, a justificativa para a obra foi de que o projeto era anterior ao pedido de tombamento.

O Grupo Sherlock Holmes Cultura também foi o que motivou o pedido de tombamento da praça, no início de fevereiro de 2020. Agora, além da retirada dos elementos estranhos colocados na praça, pretendem solicitar ao poder público a recuperação de monumentos relativos à história da cidade, a restauração das placas que foram furtadas, a preservação de canteiros e árvores, inclusive com reposição de espécies eliminadas.

Em análise

Em nota, a Prefeitura de Ponta Grossa informou ao portal DCmais que “o tombamento considera a situação/condição do imóvel, no caso da praça, na data do tombamento preliminar, ou seja, não visa resgatar o paisagismo ou características de quando a praça foi construída. Sobre os decks, se tratam de mobiliários urbanos que hoje cumprem uma função social de ocupação e sua permanência será analisada no decorrer”.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.