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Grupo Fauna viabiliza 2,1 mil adoções de animais

Ponta Grossa tem um número considerado alto de animais soltos nas ruas. É algo visível no Centro e nos bairros e, embora não exista uma estatística precisa a esse respeito, é um problema que pode acarretar outros nos quesitos saúde pública e trânsito, por exemplo. Mas, poderia ser pior, não fosse a participação dos grupos voltados à proteção dos animais.

O grupo Fauna foi o primeiro a se dedicar ao assunto na cidade, em 1998. Com voluntários constantes e outros esporádicos, a ONG tem como foco principal a cobrança de políticas públicas que possibilitem garantias aos animais em harmonia com as pessoas.

De acordo com Karina Medaglia, uma das principais atuantes do grupo, em 1998 a prefeitura teria ventilado a ideia de que os animais sem dono recolhidos na rua poderiam ser sacrificados dentro de três dias. O grupo conseguiu reverter essa intenção, dando origem à lei que possibilitou as castrações. Foi uma das primeiras ações dos protetores de animais na cidade, que depois agiriam também na proteção de cavalos e de animais usados em espetáculos de circo.

Em paralelo com a cobrança de ações junto às autoridades, a ONG realiza a coleta e encaminhamento de animais em risco. Desde sua fundação o grupo viabilizou aproximadamente 2,1 mil adoções de animais. A estimativa é feita com base nas feiras de adoção, que a equipe realiza com frequência, em espaços de grande circulação de pessoas, como forma de incentivar a tutela responsável de cães e gatos.

 

Acompanhamento

“Estimamos que o número de animais na cidade corresponde a 20% da população. A maior parte das doações que conseguimos viabilizar, cerca de 75%, é de cães. São animais feridos, visivelmente abandonados, ou fêmeas prestes a dar cria. Depois de conseguirmos a adoção, também fazemos o acompanhamento”, conta Karina. Significa lembrar datas nas quais a vacina é necessária ou a castração recomendada. A próxima feira de adoção ocorre neste sábado (25), das 10 às 18 horas, no Parque Ambiental, ao lado da Fesuva.

 

“Eles precisavam de mim”

Helena Cristina de Carvalho Pereira, moradora da vila Mariana, sempre gostou de animais. Mas, enquanto uns adotam os cães para ter uma boa companhia, ela diz que seu objetivo maior é dar a eles aquilo que precisam. “Se cada um fizesse sua parte, o problema estaria resolvido. Adotei sete cães. Alguns doentes. Há uns três meses, foi uma gata que me adotou. Alguns cachorros estavam tentando pegá-la na rua, e ela entrou aqui em casa. E foi ficando. Nós a chamamos de Lucy”, diz.

A cadela Moicana ficou cega, vítima de maus tratos nas imediações do campus da UEPG, em Uvaranas, e também foi adotada por Helena. Ícaro, com um doença de pele, foi outro recebido em casa pela protetora de animais. E Idy é aquela que mais aceita posar para fotos, enquanto que Tiziu, nem oferecendo biscoitos aceita ficar perto do fotógrafo. Os animais foram alguns dos recebidos por Helena e sua família em casa. “Se cada pessoa adotasse um, não tinha animal na rua”, opina.

 

Quer dicas para adotar um animal? Conheça alguns dos grupos de protetores de animais da cidade e o trabalho que realizam:

SOS Bichos – (42) 99855-2878

Grupo Fauna – [email protected]

APA-PG – Página no Facebook

Canil Lar – [email protected]

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