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Greve no transporte segue por tempo indeterminado, diz Sintropas

Presidente do Sintropas, Luiz Carlos de Oliveira Foto: José Aldinan

A segunda-feira (5) amanheceu sem ônibus em Ponta Grossa. Mesmo com a autorização do retorno do transporte coletivo na cidade, prevista em decreto municipal, trabalhadores da Viação Campos Gerais (VCG) cruzaram os braços por conta do atraso do pagamento de salários dos 1.100 trabalhadores.

O atraso se deu pelo pagamento da segunda parcela, referente ao mês de fevereiro, que deveria ter sido paga no dia 25 de março. A primeira parcela referente ao mês de março irá vencer no próximo dia 7, quarta-feira, mas não há previsão de pagamento por parte da empresa.

Os trabalhadores, que estavam com indicativo de greve desde o mês de janeiro, iniciaram o manifesto em frente a garagem dos ônibus, no bairro de Oficinas, às 3 horas da manhã de segunda. De acordo com o presidente do Sintropas, sindicato que representa a categoria, Luiz Carlos de Oliveira, o transporte só deverá voltar quando os pagamentos forem efetuados.

“Mais de 1 mil funcionários passaram a Páscoa sem nada e a tendência é só piorar. A previsão do pagamento da primeira parcela de março está prevista para o dia 7 e, provavelmente, isso não irá acontecer. Os ônibus só voltam se houver pagamento e até o momento não recebemos nenhum comunicado por parte da empresa”, disse Oliveira.

Frota

Em greves anteriores, a justiça determinou que parte da frota continuasse operando. Mas, neste caso, a greve teve 100% de adesão. “A frota segue 100% paralisada e pelo o que sabemos a justiça não foi provocada para que se tenha um número mínimo rodando. Ainda não sabemos como será daqui pra frente”, apontou o presidente.

VCG

A reportagem tentou contado com a Viação Campos Gerais mas foi informada de que nenhum representante da empresa está concedendo entrevistas. A empresa também informou que não iria se manifestar por nota.

Na semana passada, uma reportagem do Jornal Diário dos Campos mostrou que por meio de um ofício, a empresa chegou a propor ao sindicato férias aos colaboradores nos 10 dias em que o serviço do transporte ficaria suspenso em razão do lockdown. Outra alternativa apresentada foi a compensação da jornada, através do banco de horas, ou ainda que os dias não trabalhadores fossem pagos posteriormente, propostas que foram negadas pela categoria.

Na ocasião, a concessionária também disse ao portal dcmais que não faria o pagamento da segunda parcela de fevereiro e que não tinha previsão de quando isso seria feito, porque enfrenta sérios problemas financeiros.

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