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Funcionários da VCG aprovam proposta de reajuste salarial

Votação ocorreu ao longo da sexta-feira e resultado foi divulgado à noite (Fábio Matavelli)

Aproximadamente 1,1 mil funcionários da Viação Campos Gerais (VCG) tiveram, nesta sexta-feira (11), a chance de votar na melhor proposta de reajuste salarial para a categoria. O Sintropas-PG, sindicato que representa os trabalhadores do setor em Ponta Grossa e região, colocou urnas nos quatro terminais de ônibus e na garagem da empresa, e a votação ocorreu de forma secreta, entre as 8 e 18 horas.

Segundo o sindicato, a assembleia aprovou reajuste de 5% sobre o salário vigente à partir de 1º de maio de 2021 sem retroativo, reajuste do cartão alimentação para R$ 700, e criação de Fundo de Vulnerabilidade social no valor de R$ 3 mil gerenciados pela empresa. Esse fundo se propõe a amparar o trabalhador em situação crítica. Os recursos, gerenciados pela empresa, poderão ser solicitados quando o trabalhador estiver em situação de vulnerabilidade, para compra de medicamentos, cesta básica, pagamento de uma conta de luz ou água e etc. A proposta teve um índice de aprovação de 77,5% dos votos

A votação ocorreu em um momento de turbulência no serviço de transporte público em Ponta Grossa. A concessionária (VCG) aponta desequilíbrio financeiro intensificado pela pandemia, com a redução no número de usuários. Chegou a reivindicar subsídio municipal e aguardava a disponibilidade de R$ 4 bilhões em auxílio emergencial do governo federal para o segmento.

Sem auxílio ou subsídio

Com a negativa do município em fornecer subsídio e o veto do presidente Jair Bolsonaro ao auxílio, a tensão é evidente entre os funcionários, principalmente depois que a empresa informou a intenção de demitir 230 trabalhadores, em novembro. Houve decreto municipal tentando barrar a demissão em massa, que foi suspensa. Mas, sem o auxílio federal, o assunto pode voltar à pauta.

De acordo com o presidente do sindicato, Luiz Carlos de Oliveira, embora a votação de proposta salarial estivesse previamente montada, o veto de Bolsonaro ocasionou a mudança até mesmo no teor das propostas apresentadas nas urnas nessa sexta-feira. “Sabemos que o veto ao auxílio interferiu também nos votos de cada trabalhador, mas não podemos dizer de que forma isso ocorreu”, disse.

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