O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou por tentativa de homicídio e descumprimento de medida protetiva o motorista Fabiano Luís Marose, de 50 anos. Ele teria jogado o carro propositalmente contra o cunhado, na Avenida Ana Rita, em Ponta Grossa, no último dia 5 de abril.
Segundo o Ministério Público, o atropelamento no bairro Uvaranas não foi acidental. Conforme a denúncia, o condutor do Cobalt tentou matar o próprio cunhado, Fábio José Aguiar Andrade, ao conduzir e colidir o veículo contra a vítima.
“Fabiano Luís Marose apenas não consumou o objetivo de matar a vítima em virtude de circunstância alheia à sua vontade, correspondente ao erro de execução, pois a vítima conseguiu desviar parcialmente do veículo do denunciado”, consta no documento.
Para o MP, o crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, Fabiano não poderia se aproximar do cunhado por conta de medida protetiva concedida pela justiça.
Prisão
A juíza de direito, Débora Carla Portela, recebeu a denúncia do Ministério Público na última semana. No processo, ela decidiu manter a prisão preventiva do réu por considerar que “não surgiram fatos novos aptos a ensejar sua revogação”.
Briga familiar
O advogado Renato Tauille, que atua na defesa da vítima, relatou à reportagem, no dia do acidente, que Fábio e Fabiano têm um desentendimento por questões que envolvem dinheiro da família.
“O motorista [Fabiano] e a esposa receberam o benefício da mãe da esposa por uns três anos. Eles mentiam que o benefício havia sido suspenso. Quando o Fábio, irmão da esposa do motorista, descobriu que estavam pegando o dinheiro, levou a mãe na delegacia e fez boletim de ocorrência”, explicou Tauille. Desde então, Fábio e a mãe possuem medida protetiva contra o casal.