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Exigências da Vigilância Sanitária podem inviabilizar ampliação de UTIs no HU de Ponta Grossa

Exigências feitas pelas vigilâncias sanitárias de Ponta Grossa e do Paraná para transferir a Maternidade do Hospital Universitário (HU) para o Hospital da Criança (HC) podem inviabilizar a instalação dos 35 novos leitos clínicos e das 10 novas UTIs na Ala Covid do hospital de referência da doença em Ponta Grossa, o HU, que atende pelo Sisterma Único de Saúde (SUS)

Convênios prevendo a transferência da Maternidade e a instalação dos novos leitos hospitalares entre a Universidade Estadual de Ponta Grossa, instituição à qual pertence o HU, e o governo do Estado, foram assinados há exatos dois meses, em solenidade realizada no HU com a presença do governador Ratinho Júnior.

Na última sexta-feira (19) as vigilâncias emitiram relatório técnico sobre o projeto emergencial proposto pela UEPG e, no documento, são solicitadas adequações que, segundo a equipe de engenharia da universidade, devem demandar mais de três meses de trabalho, considerando prazo mínimo para a licitação de empresa habilitada e a execução das obras de adequação.

Em matéria publicada pelo site da UEPG nesta terça-feira (23), o reitor Miguel Sanches Neto enfatiza que “para a abertura de novos leitos de UTI e de novos leitos clínicos, é preciso transferir momentaneamente a Maternidade do HU para o Hospital da Criança”.

Para isso, de acordo com o reitor, é “preciso que a Secretaria de Estado de Saúde e a Prefeitura Municipal nos deem autorização da Vigilância Sanitária para ocupar o prédio do HC. Em época de pandemia, as instituições têm que considerar a situação de excepcionalidade e buscar ser colaborativas. A UEPG aguarda as ações dos demais parceiros do termo de convênio para poder salvar vidas”.

Ocupação

A Ala Covid do HU, destinada exclusivamente para pacientes do SUS, atualmente tem 20 leitos de UTI e 15 leitos clínicos. Na manhá desta terça-feira, segundo boletim emitido pela UEPG às 10h48, 11 Unidades de Terapia Intensiva estavam ocupadas (55%) e 14 leitos de enfermaria tinham pacientes. Ou seja, tinha apenas um livre.

Histórico

No dia 23 de abril, o governador Ratinho Júnior visitou Ponta Grossa e autorizou repasse de R$ 13,8 milhões para a transferência dos serviços da Unidade de Terapia Intensiva Infantil, UTI Neonatal e Serviço de Cirurgia Pediátrica de Emergência do HU para o Hospital da Criança  – verba que ainda não chegou à instituição.

A transferência não interfere nos serviços já prestados pelo HC, onde continua a funcionar o Pronto Atendimento Infantil (PAI). Com a mudança, será possível disponibilizar novos leitos de UTI e leitos clínicos (que estão na capacidade máxima no HU) para tratamento de pacientes de covid-19 no HU-UEPG.

Em 4 de maio, foi realizada a primeira reunião de planejamento entre as equipes dos hospitais, da universidade e da Associação Amigos do Hospital da Criança de Ponta Grossa. Nesta data, foram elencadas todas as providências administrativas e técnicas necessárias à mudança.

De acordo com o vice-reitor, Everson Krum, desde então, “a UEPG contratou profissionais especializados, equipes de atendimento e apoio. A instituição também realizou serviços de manutenção e prevenção, além de levantar necessidades orçamentárias e financeiras, de modo que todas as providências foram tomadas e estão prontas, aguardando a mudança”.

A Redação aguarda os retornos das vigilância sanitárias de Ponta Grossa e do Estado do Paraná.

(Com informações publicadas no site da UEPG, pelas jornalistas Luciane Navarro e Aline Jasper)

 

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