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Estoque de medicamentos do HU deve durar por mais oito dias

O estoque de medicamentos para tratamento de pacientes com covid-19 em estado grave do Hospital Universitário (HU) Regional dos Campos Gerais é suficiente para apenas mais oito dias. A informação é da própria instituição de Ponta Grossa. Os fármacos com estoque baixo são utilizados no processo de entubação, sedação e anestesia de pacientes que necessitam de respiração mecânica.

O aumento do consumo se deu em grande parte do país devido ao avanço dos casos graves da doença e, por consequência, de maior incidência de ocupação dos leitos de UTI do HU. A situação é preocupante no hospital de referência regional para pacientes do Sistema Único de Saúde com com covid-19, que enfrenta dificuldades para repor o estoque, a exemplo de unidades de saúde de outras regiões.

“Houve um grande aumento do consumo no mundo e nas outras regiões do Brasil, que tiveram pico da epidemia antes da região Sul. Estamos tentando fazer licitações, mas os fornecedores não têm oferecido cotações de preços e isto tem dificultado a aquisição. Além disso, estamos com dificuldades na compra de analgésicos para pacientes entubados”, informou o HU.

A instituição disse ainda que tomou todas as providências para atuar com segurança diante da situação de escassez e destacou que busca repor os baixos estoques, com pedido de apoio à secretaria estadual de Saúde do Paraná (Sesa/PR). “Esperamos em breve repor os nossos estoques com estes medicamentos”, disse o HU.

O hospital destacou também que desde 19 de março suspendeu cirurgias, procedimentos e exames eletivos, como endoscopias, por exemplo, que necessitam de sedação. “Protocolos internos de uso de sedativos e bloqueadores neuromusculares nas UTIs, Centro Cirúrgico e Obstétrico foram revistos”, informou o hospital, por meio de entrevista feita por WhatsApp com a assessoria de Comunicação.

Prefeitura

O secretário adjunto da Fundação Municipal de Saúde, médico Rodrigo Manjabosco, disse que desde a semana passada a Prefeitura de Ponta Grossa forneceu o que tinha de medicamentos em estoque para o HU, incluindo 200 ampolas de anestésicos.

“Não entregamos todo o nosso estoque até porque continuamos realizando cirurgias de urgência e emergência. Mas já cobramos a 3ª Regional de Saúde para conseguirmos uma ajuda do governo do Estado na reposição desses medicamentos. Lembrando que isso é um problema grave em todo o Brasil e América Latina”, observou Manjabosco.

Estado

A Sesa informou que realiza rotineiramente a aquisição desses medicamentos para abastecimento da rede hospitalar própria do Estado, que é constituída por 14 hospitais. “A Sesa, por meio do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), intensificou a frequência de aquisições para evitar o desabastecimento da rede própria”, informou a assessoria de Comunicação da secretaria estadual.

Entre outras medidas, a Sesa garantiu que realiza a aquisição dos medicamentos por meio de atas de registro de preços vigentes de medicamentos alternativos ou adjuvantes aos analgésicos e sedativos. A pasta também destacou a aquisição emergencial, por dispensa de licitação, dos principais itens considerados prioritários.

“Apesar da responsabilidade pela aquisição dos medicamentos utilizados em âmbito hospitalar ser do próprio hospital ou das secretarias municipais, nos casos em que os hospitais são da gestão direta dos municípios, neste cenário de risco iminente de desabastecimento, a Sesa também está tomando providências”, destacou.

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